Média de atendimentos diários em casos de violência aumentou na Casa da Mulher Brasileira durante o isolamento, em São Luís

Todos os meses são elaborados relatórios com informações sobre todos os tipos de ocorrências

Fonte: Com informações da Agência São Luís

O trabalho de apoio e acompanhamento dos casos de violência doméstica contra mulheres na capital maranhense foram intensificados durante o isolamento social, implantando na cidade por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Conforme dados recentes da Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc), via Grupo de Ações Comunitárias (GAC) da Guarda Municipal de São Luís (GMSL), relativos aos meses de março, abril e maio, houve um total de 630 ocorrências e 44 conduções, totalizando uma média de 22,4 atendimentos diários. Antes da pandemia, o número era de 20 atendimentos diários.

Em março, mês que assinalou o início das medidas de isolamento social em São Luís, a parte de Segurança Preventiva da Guarda Municipal na Casa da Mulher Brasileira registrou 277 ocorrências e 27 conduções. Em abril, foram 173 ocorrências, com seis conduções. Em maio, 180 ocorrências, com 11 conduções.  Os dados informados são relativos à competência das guardas municipais que atuam no serviço de Segurança Preventiva, executado pelo Grupo de Ações Comunitárias da GMSL, formado por 20 guardas municipais femininas que, por sua vez, integram as operações da Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar, instalada na Casa da Mulher Brasileira.

As guardas também estão no apoio às ações do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (CRAMSV), da Prefeitura de São Luís que, por sua vez, registra redução no número de mulheres alojadas no Centro, justamente para evitar aglomerações e contaminações decorrentes da Covid-19.

RONDA

O secretário municipal de Segurança com Cidadania, Heryco Coqueiro, informa que durante todo o isolamento social implantado na cidade de São Luís, as rondas das guardas municipais não pararam um só dia, por se tratar de serviço essencial.

“As nossas guardas municipais auxiliam a rede já estruturada no município de combate à violência doméstica, realizando atendimento às vítimas de agressão física ou fazendo a  proteção das mulheres que já contam com medidas protetivas”, afirmou.

Segundo a coordenadora do GAC, Conceição Seguins, todos os meses são elaborados relatórios com informações sobre tipos de ocorrências acompanhadas pelo grupo na Casa da Mulher Brasileira. “Os números, infelizmente, revelam que houve um aumento na quantidade de relatos de violência doméstica, o que precisa ser sempre ser  combatido por meio de toda rede de proteção às mulheres vítimas”, destaca.

A Casa da Mulher Brasileira, resultado de parceria entre os governos federal, estadual e municipal, está localizada no bairro Jaracati. O espaço é especializado em atendimento humanizado às mulheres vítimas de violência, previsto na Lei Maria da Penha. Integra no mesmo lugar serviços especializados para os mais diversos tipos de violência contra as mulheres: acolhimento e triagem, apoio psicossocial, delegacia, Juizado e Ministério Público.

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