Na rede de assistência a casos da Covid-19 na capital, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Araçagi, Itaqui-Bacanga, Vinhais e Cidade Operária, em São Luís, são as portas de entrada para o atendimento. Os números de atendimentos nessas unidades funcionam também como termômetro para o monitoramento da quantidade de casos suspeitos do novo coronavírus.
De acordo com o goverdo do Maranhão, na primeira semana de junho, a procura por atendimento nessas UPAs apresentou uma queda de 69,1% em comparação ao período de 13 a 23 de abril, quando os atendimentos foram mais intensos.
No período de 13 a 23 de abril, essas unidades juntas realizaram 5.534 atendimentos, o que representa uma média diária de 135,7 consultas em cada unidade de saúde. Números que tiveram uma redução significativa quando é feita a comparação com o período de 30 de maio a 9 de junho, período em que foram realizados 1.705 atendimentos por essas unidades, sendo em média 38,7 atendimentos por dia em cada uma.
ESTRATÉGIAS
O governo do Estado afirmou que uma das estratégias para desafogar o atendimento nas UPAs foi a criação do ambulatório especializado para atendimento a pacientes da Covid-19. Atualmente, o funcionamento ocorre na Clínica São José e recebe pessoas com sintomas leves da doença, que fazem parte do grupo de risco, apresentando alguma comorbidade ou maiores de 60 anos.
A diretora da UPA do Vinhais, Carol Hortegal, falou sobre a redução no número de atendimentos de pacientes com síndromes gripais na unidade.
“Tivemos uma redução significativa da procura por atendimentos. Acredito que isso se deve a todas as ações positivas implantadas pelo Governo, tanto de atendimento quanto de orientação à população”, disse.
Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, até a noite de segunda-feira (15), a taxa de ocupação de leitos clínicos exclusivos para Covid-19 na Grande Ilha era de 25,13%, já a taxa de ocupação das UTIs era de 70%.