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Mar agitado provoca surgimento de crateras no calçadão da Litorânea

Erosão atingiu uma área muito usada para a prática de caminhadas, levando risco às pessoas que transitam pelo local

Fonte: Luciene Vieira

Há alguns meses, o calçadão da Avenida Litorânea, mais precisamente no trecho que corresponde ao prolongamento da via, sentiu os efeitos da fúria da natureza, quando a faixa de areia da Praia do Caolho foi encoberta pelo mar agitado, que chegou à calçada e abriu nela duas crateras. A forte ressaca das águas salgadas engoliu alguns metros de pista, e derrubou a ‘rampa’ de terra que sustentaria o logradouro, deixando expostos revestimentos de fios elétricos.

Atualmente, as crateras estão interditadas por redes, mas algumas pessoas, ao fazerem suas corridas e caminhadas, transitam bem próximo ao local cercado. “Se esse lado da calçada representasse risco, você não acha que ele também não estaria interditado?!”, questionou, em tom de exclamação, um homem que caminhava pelo local à jornalista do Jornal Pequeno, na manhã de ontem (23), durante a apuração para esta matéria.

Bem próximo à parte destruída da estrutura, há um guarda-sol gigante, uma caixa de isopor, e algumas cadeiras de plástico na cor branca; e, uma mulher sentada em uma delas. É a vendedora de coco Cláudia Rodrigues, que disse ter instalado sua barraca no local há aproximadamente quatro meses. “Lembro-me, sem saber ao certo a data, que logo após de minha chegada aqui, o mar derrubou a pista da calçada, e que com algumas chuvas, a situação ficou pior”, afirmou Cláudia.

Não há na área afetada uma obra de contenção da encosta, feita após o incidente, como possível forma de amenizar ou retardar os danos. A vendedora de coco disse que operários da Equatorial Energia Maranhão (antiga Cemar), removeram os fios de eletricidade que estavam expostos, deixando, no local, apenas revestimentos azuis e de plástico dos fios. “Eu tinha receio de uma possível descarga elétrica, ou sei lá…, que alguém ao se aproximar das crateras recebesse choque elétrico”, disse Cláudia.

Ocorre que, apesar deste receio em relação aos fios elétricos que estavam expostos, Cláudia permaneceu no calçadão com a sua venda de coco, e o local onde ela fica sentada, à espera da freguesia, já sofre o impacto das ondas.

É notável que atrás do espaço onde a vendedora fica sentada, há terra da encosta arrancada supostamente pelas águas salgadas. Cláudia informou que não pode sair do calçadão, pois é o problema que tem que ser resolvido. Ela disse que se trata de acidentes imprevisíveis, a força do mar, as correntes, mas que os responsáveis pelo calçadão devem ver o que podem fazer.

PROJETO PARA REPAROS

Procurado pelo JP, Lívio Corrêa, presidente da Agência Executiva Metropolitana (Agem-MA), informou que o órgão já tem conhecimento da situação existente na Avenida Litorânea, e que já está em fase de elaboração um projeto, a fim de realizar os reparos necessários para solucionar os problemas existentes no local.

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