Rita Benneditto em “Bumba Live Boi – Maranhão, meu tesouro, meu torrão”

Rita Benneditto homenageia o Bumba Meu Boi, Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, em live com participações de Alcione, Geraldo Azevedo e de 13 representantes dessa manifestação artística

Fonte: Redação/Assessoria
A apresentação é dia 26 de junho, às 19h30, no canal da artista no YouTube. (Foto: Divulgação)

O Bumba Meu Boi é uma manifestação artística que se expressa no Brasil desde idos do século XVIII até os dias de hoje. Ela é preservada com afinco em diferentes regiões do país. No estado do Maranhão, ela constitui um complexo cultural que abarca seis diferentes ritmos – ou “sotaques”, como são conhecidos. Essa arte foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco em dezembro de 2019. São fortes as ligações da cantora Rita Benneditto com esse bem cultural. E a artista vai louvar essa tradição na sua nova live – a segunda que apresenta no YouTube. A “Bumba Live Boi” terá as participações da cantora Alcione e do cantor e compositor Geraldo Azevedo, além das de 13 nomes que mantêm essa tradição viva naquele estado. São eles: Zé Olhinho (Boi de Santa Fé), Ribinha (Boi de Maracanã), Leila Naiva (Boi de Axixá), Chagas (Boi São José de Ribamar), Nadir Cruz (Boi Floresta), Inácio Pinheiro e Roberto Brandão (Boi Barrica), Regina Avelar (Boi de Leonardo), Zé Alberto (Boi Famosão) e as Caixeiras do Divino Espírito Santo (Bartira, Dindinha, Graça e Zezé). A eles será revertida parte das doações obtidas durante a transmissão. A apresentação tem patrocínio da Equatorial e acontece no dia 26 de junho, sexta-feira, às 19h30m, no canal da artista no YouTube e nas suas redes sociais.

Rita terá a companhia do maestro Zé Américo Bastos, com quem apresentará números que louvam a tradição do Boi, além da própria cultura junina. Alguns exemplos são “Bela Mocidade” — tema de Donato Alves gravado por Maria Bethânia — e “Boi de Haxixe”, de Zeca Baleiro. Autores fundamentais da música nordestina são também reverenciados. São nomes como João do Vale (1934-1996), de quem escolheu “Todos cantam sua terra” e “Pé no lajeiro”, e Dominguinhos (1941-2013), da clássica “Isso aqui tá bom demais”, entre outros.

No Maranhão, o Bumba Meu Boi se diferencia por compreender uma variedade de estilos, a multiplicidade de grupos e por, principalmente, amalgamar as manifestações de arte, fé e festa. No caso da fé, ela abarca a devoção aos santos juninos (Santo Antônio, São João, São Marçal e São Pedro) e o culto a entidades de matriz africana, que, no Maranhão, são louvadas nas casas dedicadas ao Tambor de Mina e ao Terecô. O ciclo festivo é vivenciado ao longo de todo o ano, dividindo-se em quatro etapas: ensaios, batismo, apresentações públicas e, por fim, a morte. Os “sotaques”, como são conhecidos, são seis: baixada, pandeirão, matraca, zabumba, costa-de-mão e orquestra. Essas formas não são, com tudo, únicas, e o mesmo vale para grupos surgidos a partir das recriações de grupos tradicionais.

O importante é brincar. E em segurança, com todos respeitando as regras do isolamento social. Distantes, mas unidos na devoção a uma arte genuinamente brasileira.

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