A Polícia Civil informou que a perícia descartou, a princípio, que os pedaços de um corpo achados na manhã de ontem (9), ao lado do cais do Porto do Barbosa, na cidade de São José de Ribamar, seja de um humano. Assim que foi registrado o caso, houve a suspeita de que poderia se tratar de um dos três pescadores que estão desaparecidos há 15 dias, após saírem de Raposa para pescar.
De acordo com o delegado George Marques, da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), a equipe de plantão que esteve no local acredita que o material encontrado pertença a um animal. “Há muita probabilidade de ser de animal, mas só o IML dará a resposta definitiva”, frisou.
Nessa quinta-feira, 09, equipes do Centro Tático Aéreo (CTA) e do Corpo de Bombeiros voltaram a realizar buscas na região em que os pescadores saíram para realizar atividade pesqueira. A concentração das buscas foi feita na Baía de São José e na Baía do Arraial, na Ilha de São Luís.
Conforme o delegado Marcone Caldas, titular da delegacia de Raposa, uma tampa de isopor, um saco e dois pedaços que seriam supostamente da embarcação foram encontrados no fim da tarde de quarta-feira (8). Os objetos, que estavam na Ilha de Curupu, no litoral da cidade de Raposa,foram capturados pelo Centro Tático Aéreo (CTA), mas ainda não foi confirmado se o material é dos pescadores.
O CASO
Três pescadores, identificados como Francisco José Pereira de Araújo, de 30 anos; Lucas dos Santos, 18; e André Veras Silva, 37, desapareceram na cidade de Raposa, após saírem para pescar, no dia 25 do mês passado. Os homens saíram do Porto do Braga, numa canoa do tipo biana, que também ainda não foi localizada.
De acordo com o delegado da Raposa, Marcone Caldas, os familiares registraram o Boletim de Ocorrência sobre o desaparecimento, no domingo (5), após terem sido encontrados materiais que pertenciam ao grupo. Caixas de isopor, redes de pesca, sinalizadores do barco e garrafas de café foram alguns dos itens localizados por outro pescador, um dia depois de os três saírem do porto.
A região na qual o trio foi realizar a atividade pesqueira não possui sinal de celular e também já era conhecida por eles, conforme a polícia. Desde a segunda-feira (6), o Centro Tático Aéreo (CTA) e o Corpo de Bombeiros realizam buscas na região à procura dos pescadores.