Realizada a primeira Crioablação de Arritmia Cardíaca no Maranhão

A técnica inovadora foi realizada em um paciente com fibrilação atrial-FA, no dia 02 de julho de 2020, no Hospital UDI.

Fonte: Publipost

Mais uma vez o Dr. Leudo Campos e o Dr. Júlio Uchôa se destacam no campo da arritmologia cardíaca no Maranhão. Nos primórdios dos anos 2000, quando retornaram à sua terra natal, após anos de especialização em São Paulo, iniciaram uma longa caminhada no campo da arritmia clínica, eletrofisiologia e estimulação cardíaca artificial, com destaque em prevenção de morte súbita com o implante do primeiro cardioversor-desfibrilador implantável (CDI) em 2001.

Seguiram sua jornada, atuando tanto em hospitais públicos quanto privados, realizando procedimentos como implante de marcapasso, ressincronizador, CDI, estudo eletrofisiológico e ablação de arritmias cardíacas ao longo dos anos. Em 2013, incrementaram o seu arsenal terapêutico usando o sistema de mapeamento eletroanatômico (3D) aumentando ainda mais o índice de sucesso na casuística dos procedimentos realizados.

Dando início agora a uma nova era da terapêutica intervencionista com a crioablação para tratamento de arritmias cardíacas, sendo realizado, no Maranhão, o primeiro procedimento com esta técnica inovadora em um paciente com fibrilação atrial -FA no dia 02 de julho de 2020, no Hospital UDI.

Crioablação de Arritmia no Maranhão

No tratamento percutâneo de arritmias cardíacas, convencionalmente, a fonte de energia usada de forma consagrada por décadas é a radiofrequência. Pesquisas científicas estão sempre em andamento buscando aprimorar novas técnicas. Embora difundida mundialmente, apenas recentemente a crioablação foi disponibilizada no Brasil, mostrando resultados similares aos da radiofrequência e com algumas peculiaridades especiais, principalmente na ablação de fibrilação atrial, sendo essa arritmia uma das mais frequentes diagnosticada pelos especialistas em arritmologia. A condição é caracterizada pelo bombeamento irregular do sangue, normalmente numa frequência mais alta do que a normal, pelas câmaras superiores do coração (átrios) e pode desencadear outros problemas. Dentre os problemas mais comuns que a fibrilação atrial apresenta, está a formação de coágulos sanguíneos nos átrios, devido à alteração do bombeamento. Esses coágulos podem causar diversas obstruções ao longo da circulação sanguínea, podendo causar acidente vascular cerebral -AVC.

Qual a diferença entre a ablação por radiofrequência e a crioablação?

Ambas as técnicas apresentam resultados heterogêneos e são muito eficazes para tratar casos de fibrilação atrial e outras arritmias, permitindo, muitas vezes, que o paciente seja liberado do tratamento farmacológico como anticoagulantes e antiarrítmicos.

A crioablação de fibrilação atrial-FA traz mais comodidade, simplicidade e rapidez (dura pouco mais de 1 hora) que a ablação por radiofrequência (dura em torno de 3 horas), mas essa não é a principal diferença entre elas e sim o fato de que na ablação por radiofrequência o local afetado pela arritmia cardíaca é cauterizado com calor e na crioablação o local é cauterizado a frio (cerca de -80°C), com o auxílio do balão de gás (óxido nitroso). Essas diferenças tem se mostrado mais segura e com menor taxa de complicação.

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