A Câmara Municipal de São Luís realizou uma audiência pública remota com o secretário municipal de Educação, Moacir Feitosa. Na oportunidade, foram debatidas medidas que a Prefeitura de São Luís está adotando para a retomada das aulas na rede municipal de ensino da capital. De acordo com decreto estadual, as atividades presenciais estão liberadas a partir do dia 03 de agosto, nas redes pública e privada, mas as atividades na rede municipal só serão reiniciadas em setembro, de forma gradual, de acordo com o titular da pasta.
Autor da proposta, que foi transmitida pelo Youtube, o vereador Raimundo Penha ressaltou que se trata de um momento complexo, mas colocou a estrutura da Câmara à disposição para auxiliar a Prefeitura de São Luís neste processo de retomada das aulas.
O secretário Moacir Feitosa apresentou todo o cronograma referente ao reinício das atividades, assim como as medidas sanitárias planejadas pela gestão municipal: “Nosso principal objetivo é resguardar a saúde dos estudantes, docentes e demais integrantes do corpo técnico das unidades de ensino” , afirmou.
O secretário anunciou que está sendo providenciado álcool em gel e líquido, em quantidade significativa, para ser colocado na entrada das escolas e nas salas de aula.
Moacir afirmou que seis escolas já estão prontas, e no final de agosto outras devem estar aptas para receber os alunos.
Questionado sobre o planejamento da gestão municipal para o retorno das aulas presenciais, Moacir Feitosa elencou os principais pontos elaborados para garantir total segurança a alunos e demais profissionais envolvidos: “Estamos em fase final de elaboração das diretrizes do protocolo de retorno. Queremos proporcionar uma volta às aulas com segurança máxima e tentar mitigar da melhor forma possível os prejuízos causados pela pandemia. Vamos tentar recuperar o calendário seguindo as diretrizes nacionais, ligando o ano de 2020 a 2021, como será feito em todo o Brasil”, pontuou.
De acordo com Moacir, o retorno à sala de aula será gradual, evitando, assim, aglomerações nas dependências das escolas: “Não podemos abrir as portas para 87 mil alunos de uma vez. Isso não pode acontecer. A ideia é iniciar com alunos maiores, do 8º e 9º ano, e depois do 5º ano fundamental. Ainda iremos definir a porcentagem dos estudantes que retornarão nesse primeiro momento”, disse.
O secretário admitiu que os dias letivos não serão suficientes, mas está sendo feito um levantamento das habilidades essenciais para dar continuidade aos estudos e os alunos não deixem de aprender o conteúdo, em acompanhamento constante da pedagogia. “O importante é que os trabalhos estão bem avançados, e cada professor fará o diagnóstico da situação individual do aluno, a partir do momento que parou e estabelecer uma rotina de acompanhamento. Iremos trabalhar com a proposta hibrida, que é o estudo presencial complementado com atividades remotas. Já temos alguns programas oficiais, e no mês de agosto iremos passar isso aos professores.