A colheita de grãos na safra 2020/21, no Maranhão, deve ultrapassar 5,561 milhões de toneladas, de acordo com estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada na última quarta-feira (08). Por esta projeção, o aumento da produção no estado deverá ser de 12,2% na comparação com a colheita da safra anterior, que foi de 4,956 milhões de toneladas.
O aumento da produção está relacionado tanto com o aumento da área plantada quanto da produtividade. Segundo os números da Conab, na safra 2018/19 foram plantados 1,572 milhão de hectares, e na atual, 1,605 milhão, o que corresponde a um crescimento de 2,1%. Com relação à produtividade, na safra anterior era de 3.152 quilos por hectare e na deste ano, 3.456, ou seja, houve um aumento de 9,9%.
O destaque fica para o milho, que, mesmo não tendo o maior volume em toneladas registrou maior aumento proporcional, com desempenho superior a 22%.
As culturas com melhor desempenho no estado são as seguintes:
• Algodão em caroço – 118,3 mil toneladas, o que equivale a um aumento de 15,2% frente às 102,7 mil toneladas colhidas na safra anterior;
• Arroz – 153,8 mil toneladas, o que corresponde a um aumento de 18% na comparação com a colheita anterior, que foi de 130,3 mil toneladas.
• Feijão – 27,1 mil toneladas, ou seja, 6,6% a menos que a colheita anterior, que foi de 29 mil toneladas;
• Milho – Serão 2,190 milhões de toneladas contra 1,792 milhões da safra passada, o que significa dizer que houve um aumento de 22,2%
• Soja – Com 3,095 milhões de toneladas estimadas, o aumento na comparação com a safra passada é de 6,1%, já que foram 2,917 milhões toneladas na última colheita.
BRASIL
A produção brasileira de grãos deverá ser de 251,4 milhões de toneladas na safra. O desempenho recorde na agricultura deve-se, principalmente, às colheitas de soja e milho, responsáveis por cerca de 88% da produção. Os dados constam no 10º Levantamento de Grãos realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado nesta quarta-feira (8).
Nesta safra, a Conab estima a maior colheita já registrada para a oleaginosa, com uma produção de 120,9 milhões de toneladas. O bom resultado foi obtido, apesar dos problemas climáticos registrados principalmente no Rio Grande do Sul, com registro de produtividade média nacional maior que a da safra passada. O reflexo da boa produção pode ser visto nas exportações do produto. Nos primeiro semestre deste ano o país exportou 60,3 milhões de toneladas do grão, aumento de 38% em comparação com o mesmo período do ano passado.
A elevação da cotação do dólar frente ao real contribuiu para esse número, aumentando a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional. A soja e os demais produtos do agronegócio contribuíram para um saldo de aproximadamente US$ 36 bilhões de dólares na balança comercial, algo em torno de R$ 190 bilhões.