A Polícia Civil, por meio da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), prendeu, na tarde de ontem (20), um homem suspeito pela morte do jovem Pedro Antônio Oliveira dos Santos, uma drag queen de nome social Paula Ferraz, de 27 anos. O crime ocorreu, segundo a polícia, no bairro da Vila Isabel Cafeteira – região da Cohab, em São Luís, no dia de 16 deste mês.
Paula Ferraz, conforme apurado pelas investigações da Polícia Civil, era usuária de drogas e já estaria sofrendo ameaças, devido a uma suposta dívida no valor de R$ 1.000, referente à compra de entorpecentes. Porém, a família contesta essa informação e afirma que Paula Ferraz foi vítima de homofobia, pois os homens apontados como autores do crime, há muito tempo, implicavam com ela devido à sua orientação sexual. Inclusive, foi dito pelos familiares, que os mesmos atos estariam sendo praticados contra outro jovem homossexual que trabalha na feira da Cohab. “Pedro era muito querido pela comunidade da Vila Isabel Cafeteira, não mexia com ninguém. Alguns moradores nos disseram que os autores do crime sempre zombavam e implicavam com ele”, revelou um parente da vítima.
Segundo a família, a última vez que ela foi vista foi na madrugada de quarta para quinta-feira (16), quando saiu na companhia de uma mulher, conhecida como “Índia”.
O corpo dela foi encontrado no sábado (18), após a mãe receber vídeos e áudios dos suspeitos, identificados apenas como “GG” e “Claudinho”, que relatavam sobre a morte de Paula e o local no qual estava enterrada.
Policias estiveram na área próxima a um lago, numa região conhecida como Basílio, e encontraram a cova rasa indicada pelos supostos autores. A sandália e a bolsa da vítima também foram localizados.
De acordo com o superintendente da SHPP, delegado Lúcio Rogério Reis, somente após os resultados dos exames cadavéricos é que será possível dizer como a vítima foi assassinada.
Informações extraoficiais obtidas pelo Jornal Pequeno afirmaram que ela teria sido alvejada com um único tiro, no lado direito da cabeça.
O homem preso, que não teve o nome divulgado, e outros dois indivíduos teriam participado da ação criminosa. Ele negou envolvimento no crime. Todos, ainda de acordo com o delegado Lúcio Reis, são integrantes de uma facção criminosa que atua na região.
A Delegacia de Homicídios da Área Norte segue investigando o caso e em busca dos outros participantes do homicídio.
CRIMES EM SÃO PAULO E PENALVA
O suspeito, que foi capturado em companhia de uma mulher, em frente Ao Terminal de Integração da Praia Grande, também responde por crimes no estado de São Paulo e na cidade de Penalva.
De acordo com a Polícia Civil, contra ele havia um mandado de prisão temporária da Comarca de São José do Rio Preto, no estado de São Paulo, pelo crime de homicídio qualificado em desfavor de um homem que era seu comparsa.
O preso disse estar na capital maranhense há dois meses e que sabia sobre a investigação contra ele em São Paulo. Além disso, na cidade de Penalva, também constava um mandado de prisão em aberto expedido pelo crime de latrocínio.