Maranhão conquista ramal na estrada de Ferro Carajás

A expectativa é de que, futuramente, o estado possa ser beneficiado com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Ferroviário

Fonte: Redação

Com o pronto auxílio e intermediação do ministro Raimundo Carrero, o Tribunal de Contas da União (TCU), em votação nessa quarta-feira (29), incluiu o Maranhão no rol das recomendações do processo TC 018.841⁄2019-8, ao se considerar a conveniência e a viabilidade de colocar, no âmbito da prorrogação antecipada da Estrada de Ferro Carajás, a implantação do ramal entre Estreito e Balsas (MA), a título de investimento obrigatório.

O vice-governador Carlos Brandão, que tem acompanhado pessoalmente o processo de renovação da Estrada de Ferro Carajás, pelo governo federal, comemorou a decisão. A expectativa do governo do Maranhão é de que, futuramente, e por meio desta importante iniciativa, possa o estado ser beneficiado com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Ferroviário, a título de compensação financeira da exploração da Estrada de Ferro Carajás, por mais três décadas, no seu território.

A área de influência desse ramal (são 300 km para o Pará e 700 km para o Maranhão, segundo o ministro Carrero) abrangerá diversos municípios maranhenses, com potencial de produção de até 17 milhões de toneladas de soja, milho, algodão, farelo de soja, arroz, sorgo e cana de açúcar, entre outros produtos.

“Aquela região é uma das maiores produtoras do agronegócio do Brasil. Fica justamente na região do MATOPI (Maranhão, Tocantins e Piauí). Então, esse ramal que vai do Estreito – de onde a Ferrovia do Carajás passa – até Balsas, vai servir toda essa região e proporcionará um desenvolvimento econômico extraordinário, além de reduzir muito os custos para escoamento das produções”, disse o ministro do TCU.

Com a autorização do Tribunal de Contas da União para a renovação antecipada dos contratos de concessão da Estrada de Ferro Carajás (EFC), ambas administradas pela Vale S/A, já publicada em acórdão, são consideráveis os avanços para a infraestrutura do País. “É a consolidação de uma solução inovadora de fazer ferrovia no Brasil sem a utilização de recursos públicos. O investimento cruzado, utilizando outorgas de concessões ferroviárias, é uma das principais estratégias do Governo Federal para dobrar a participação desse modo na matriz de transportes nacional”, apontou o ministro Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura.

Para Carlos Brandão, trata-se de uma importante conquista que reinsere com força o Maranhão no radar do agronegócio mundial.

“Além de poupar as nossas rodovias estaduais e federais, trazer novos investimentos e gerar lucros para toda essa região, essa decisão garantirá que as mercadorias possam acessar o Porto de Itaqui. Temos toda a logística disponível para fazer com o que produzimos com tanto empenho chegue ao mercado nacional e até mesmo internacional”, comemorou.

A Estrada de Ferro Carajás (EFC), com 892 km de extensão, liga o Porto de Itaqui, no Maranhão, às províncias minerais da Serra dos Carajás, no Pará. Na cidade de Açailândia conecta-se à Ferrovia Norte-Sul Tramo Norte, que também dá acesso ao Porto.

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