Governo promove campanha ‘Maranhão contra o Calazar’

O Calazar ou Leishmaniose Visceral é uma doença infecciosa não contagiosa, ou seja, não é transmitida de forma direta

Fonte: Da redação com Secap

Com foco na identificação dos sintomas e no combate ao mosquito vetor da doença, o Governo do Estado lançou nesta semana a Campanha “Maranhão contra o Calazar”. A mobilização, que fará uso de ações de educação em saúde, está sendo realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), em alusão à Semana Nacional de Combate e Controle das Leishmanioses, que vai até o dia 17 de agosto.

De acordo com Monique Maia, técnica coordenadora do Programa Estadual de Vigilância e Controle das Leishmanioses da SES, a campanha está relacionada com a Semana Nacional de Combate à Leishmaniose, instituída por Lei Federal 2.604 do ano de 2012.

“O dia 10 de agosto foi a data escolhida em homenagem ao médico sanitarista Evandro Lobo Chagas. E, em alusão a ela, o Maranhão sempre estimula ações educativas, preventivas e de promoção a debates relacionadas à doença”, afirmou.

A campanha de combate ao Calazar acontece em todos os 217 municípios do estado. No Maranhão, 24 cidades apresentaram situação de prioridade. Com o empenho e constante diálogo entre o Estado e as prefeituras municipais, os casos totais de Leishmaniose Visceral têm apresentado progressiva queda nos últimos quatro anos. Em 2017, foram registrados 769 casos, seguido de 683 em 2018, 396 no ano passado e, até o momento, 136 em 2020.

Como forma de fortalecer as medidas preventivas, o Programa Estadual de Vigilância e Controle das Leishmanioses da SES, ligado ao Departamento de Controle de Zoonoses, vem estreitando a parceria com os municípios.

Atualmente, a principal forma de mobilização junto às prefeituras tem sido webconferências e reuniões com setores das prefeituras que trabalham no controle de zoonoses. Contudo, vale ressaltar que a dispensação de medicação nos postos de saúde e farmácias, bem como testes rápidos humanos e caninos, segue sendo realizada normalmente.

A doença

O Calazar ou Leishmaniose Visceral é uma doença infecciosa não contagiosa, ou seja, não é transmitida de forma direta, de uma pessoa para outra. O vetor da contaminação é Mosquito Palha, cuja alimentação é a base de sangue. Sua causa se dá por parasitas que vivem e se multiplicam no interior das células do sistema de defesa do hospedeiro.

Os principais alvos da doença são cães e animais silvestres. Destes, o que demanda maior atenção são os cachorros, uma vez que são o tipo de animal doméstico mais comum a conviver com humanos. Ao serem infectados, eles podem apresentar complicações semelhantes às acometidas nos seres humanos.

Nos animais, os sintomas apresentados são: feridas na pele, bem como nas orelhas e focinho; febre de longa duração, perda de peso, pelo opaco, anemia, vômito, diarreia e conjuntivite. O comportamento epidemiológico da Leishmaniose Visceral é cíclico, com elevação dos casos em períodos médios de cada cinco anos.

Em caso de a contaminação acontecer em humanos, é preciso estar atento a sintomas como: febre, inchaço visceral (aumento do baço e do fígado), emagrecimento e diarreia. O tratamento contra o Calazar é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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