A alegria de quem saiu das palafitas para um apartamento no Residencial José Chagas

256 famílias que viviam em barracos improvisados foram contempladas com uma das unidades do programa habitacional

Fonte: Redação/Assessoria

A diarista Sandra Maria Neves, 42 anos, não acreditou quando o marido lhe disse que ela havia sido contemplada com um dos apartamentos do novo Residencial José Chagas, em São Luís, política pública habitacional executada pelo Governo do Maranhão, por meio do programa Minha Casa Minha Vida, da Caixa Econômica Federal.

“Foi uma emoção tão grande. Eu jamais imaginava que ia ganhar”, comemora Sandra, já em sua nova moradia.

Sandra e o marido estão entre as 256 famílias que viviam em barracos improvisados e em condições insalubres nas comunidades Ilhinha, Portelinha e Vila Jumento.

Diagnostica com câncer, a diarista tinha ainda outro desafio diário para enfrentar além da doença: ela e o marido desafiavam a lei da gravidade vivendo em uma palafita na comunidade Portelinha, alternativa encontrada pelo casal para se evitar gastos como o aluguel de um imóvel.

Além da insegurança, moradores de palafitas como a diarista Sandra muitas vezes ainda são obrigados a conviver com estigmas e preconceitos sociais.

“Quando chovia a gente tinha que colocar panela nas goteiras e quando dava ventania, a gente ficava com medo de levar até as telhas. A gente passou por muita dificuldade, sofríamos muita humilhação, éramos discriminados pelas pessoas porque a gente morava lá”, lamenta Sandra.

Com o apartamento no novo Residencial José Chagas, a família de Sandra ganhou qualidade de vida e uma moradia digna. “Hoje eu sou uma pessoa mais feliz”, conta.

Um sonho realizado

Construído com base nas normas de acessibilidade e pensado para que a disposição dos blocos possibilite a integração entre os moradores, com acesso aos espaços de vivência, como praças e quadras, o residencial também é o novo lar do autônomo Gean de Jesus Raposo. Para ele, que também abandonou as palafitas, o sentimento que ficou após a entrega dos apartamentos é o de gratidão.

“A gente convivia com as marés altas. Era um sofrimento. Graças a Deus a gente foi contemplado com esse apartamento. É uma vitória e foi um sonho realizado. Hoje minha família pode dizer que tem um lar digno. O sentimento é de agradecimento”, diz Gean.

De acordo com a Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid), responsável pelo cadastros das famílias beneficiadas, a entrega do residencial vai resultar na eliminação progressiva das palafitas da região.

“Essa entrega implicará na extinção das palafitas da área, e também na urbanização da região. Isso representa dignidade e melhoria da vida de milhares de pessoas”, avaliou o secretário de Cidades, Raimundo Reis, durante a entrega dos apartamentos. 

Localizado na Avenida Ferreira Gullar, na Ilhinha, o Residencial José Chagas teve investimentos de cerca de R$ 20 milhões, de acordo como governo do Maranhão. São 8 blocos de 32 apartamentos, totalizando 256 unidades. Além disso, as áreas do entorno dos conjuntos habitacionais possuem espaços destinados para empreendimentos de áreas como saúde, educação e cultura.

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