Execução de professor em Viana chega ao segundo mês sem solução

“Marcos de Dulcídio” foi assassinado no dia 19 de junho, em plena luz do dia, na porta da casa do seu pai

Fonte: Aidê Rocha

O assassinato do professor e engenheiro agrônomo Marcus Vinícius Santos Carvalho, conhecido como “Marcos de Dulcídio”, de 45 anos, que completou dois meses na terçafeira (19), segue sem solução. Ele foi executado a tiros, no dia 19 de junho deste ano, na porta da casa do seu pai, na cidade de Viana.

A cidade de Viana cobra respostas sobre as investigações que apuram a morte do professor Marcus Carvalho (Foto: Divulgação)

No mês passado, em contato com o delegado da cidade, Jesimiel Alves, responsável pela apuração do caso, ele revelou que já havia suspeitos do crime e que a principal linha de investigação era de que alguém pagou para que o professor fosse morto. A Polícia Civil, também, analisou as imagens das câmeras de segurança da região, que capturaram toda ação da dupla antes de atirarem contra a vítima.

Os suspeitos estavam em uma motocicleta, seguiram o professor pelas ruas de Viana e o atingiram com três tiros, ainda dentro do veículo que ele dirigia.

Nesta semana, a reportagem do Jornal Pequeno voltou a falar com o delegado que disse acreditar que em breve teria novidades. “Todas as diligências em andamento são sigilosas para própria eficácia das investigações”, pontuou Jesimiel.

O professor era irmão do médico urologista José Mauro Carvalho e neto de Ozimo de Carvalho, farmacêutico vianense, patrono da Academia Vianense de Letras.

FAMÍLIA ESPERA POR JUSTIÇA

Representando os familiares, o Dr. José Mauro Carvalho se manifestou sobre a demora na resolução do caso. Segundo ele, a família não tem alternativa a não ser esperar que a polícia e a justiça se manifestem a respeito crime.

“Não nos conformamos que após dois meses do crime não haja nenhuma manifestação oficial sobre o caso. E ainda constatamos constrangidos e quase que humilhados a ação desafiadora da principal acusada, que anda impunemente com segurança armada, em Viana, ameaçando a quem quer que seja. Ela mesmo levanta a camisa dos capangas para mostrar armas e ameaçar a todos, inclusive a nossa família, com o conhecimento e a conivência da polícia, que tudo permite”, disse o médico ao Jornal Pequeno.

O urologista também relatou sobre constrangimentos e ameaças feitos a membros da família, que já foram até registrados em Boletim de Ocorrência. “Acompanhamos as investigações com surpresa e apreensão, diante de fatos relevantes que vimos e percebemos que não sofrem nenhuma repreensão por parte da Polícia e da Justiça. Ocultação e manipulação de provas. Até sequestro e ameaça de testemunhas são feitos com a conivência da Polícia e da Justiça”, apontou ele.

Ainda conforme o Dr. José, resta apenas a revolta e o protesto, visto que tanto a polícia quanto a Justiça alegam sempre que estão avançando no caso. “Temo que seja um avanço para a impunidade”, lamentou.

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