O descarte indevido de resíduos gera obstrução e transbordamento das tubulações, e a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), responsável pela coleta e tratamento de esgoto no estado, também trabalha para retirar das redes de esgotamento sanitário da capital, em média, seis toneladas de lixo por dia.
Entre os resíduos mais comuns encontrados no estado estão garrafas pet, tecidos, sacolas plásticas, ferro, madeira e até areia. “Os materiais vão desde líquido, pastoso a sólido. A parte sólida, que costuma representar 10% desse material, é a maior responsável pelos problemas de obstrução das redes coletoras de esgoto”, afirma Carlos Rogério, diretor de Operação, Manutenção e Atendimento ao Cliente da Caema.
Para enfrentar esse tipo de situação, a Companhia informou que realizou, até julho deste ano, em São Luís, 3.255 desobstruções nas redes coletoras de esgoto. O total equivale a, aproximadamente, 465 serviços dessa natureza. Por mês, em média, são retirados 400 kg de resíduos a cada operação. Janeiro foi o mês com mais desobstruções de pontos de esgoto realizadas, 630 ao todo.
Entre os bairros listados pelo Núcleo de Manutenção de Rede de Esgoto da Caema com mais registros de desobstrução estão: Cidade Operária, Centro e Cohatrac IV. A prática de descartar resíduos sólidos na rede de esgoto, e até mesmo a colocação de água da chuva na rede de esgotos, são as maiores responsáveis pelas obstruções e transbordamentos nas vias.
“Sempre orientamos o cliente a não colocar água de chuva na sua tubulação de esgoto, muito menos descartar resto de alimentos e lixo comum, pois isso causa uma saturação no sistema de esgotamento sanitário, inúmeros pontos de obstrução e bueiros transbordando”, explica o coordenador do Sistema Coletor da Gerência de Negócios do Centro, Alain Gerard.
Educação Ambiental
A Caema integra o Fórum Estadual de Educação Ambiental que reúne lideranças de movimentos ambientalistas, do Poder Judiciário, empresas públicas e privadas, além de ativistas das ONG’s. Em paralelo, a Companhia atua na execução de projetos de educação ambiental junto às associações de moradores com palestras e entrega de cartilhas, cujo objetivo é sensibilizar a população a evitar o descarte irregular de resíduos na rede de esgoto.