Agência Espacial Brasileira e Ufma firmam parceria técnica para desenvolver projeto de nanossatélite

Presidente da AEB explicou que o projeto se enquadra nas tendências mundiais do chamado new space

Fonte: Com informações da Coordenação de Comunicação Social/AEB

Estabelecer capacitação técnica para desenvolvimento de um projeto de nanossatélite, da categoria de cubsats, com vistas a estudar os efeitos da ionosfera na comunicação entre o cubesat e a estação de solo. Este é o teor do Termo de Execução Descentralizada (TED) assinado entre a Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e a Universidade Federal do Maranhão (Ufma).

À reportagem do Jornal Pequeno, em Brasília, o presidente da AEB, engenheiro Carlos Moura, explicou, nessa sexta-feira (28), que o projeto se enquadra nas tendências mundiais do chamado new space; entre elas, o emprego de artefatos menores e com ciclo de vida mais curto.

O objetivo, segundo Moura, é capacitar estudantes do curso de Engenharia Aeroespacial da Ufma, além de estimular conhecimentos e habilidades para estudantes atuarem no setor espacial e empreenderem por meio da inovação.

Os estudantes e professores da universidade federal irão desenvolver a missão, o projeto, a execução e a operação de um cubesat, que é uma categoria de nanossatélites baseada em módulos padronizados de 10x10x10 centímetros.

MENOR CUSTO

“O segmento de nanossatélites tem avançado fortemente, não apenas pelo menor custo, mas, principalmente, por demonstrar crescente capacidade de atendimento de diversas missões”, destacou Moura.

“Para se ter uma ideia, na missão MarCo, da NASA, dois cubesats foram enviados a Marte para apoio na função de comunicações”, exemplificou.

“Por isso, é muito importante que nossos futuros engenheiros aeroespaciais tenham contato com esse tipo de tecnologia, aplicando os conceitos modernos de desenvolvimento, desde a concepção até o lançamento e operação de nanossatélites”, enfatizou o presidente da AEB.

Carlos Moura acrescentou que “a Ufma é um dos pilares de nossa capacidade científico-tecnológica espacial, importantíssima para o desenvolvimento de um polo tecnológico a partir do espaçoporto de Alcântara. Com seus alunos do curso de engenharia aeroespacial, certamente dará um passo concreto no incremento dessa capacitação, ao produzir esse primeiro satélite maranhense, E que venham outros”, acentuou.

O CUBESAT DA UFMA

A Agência Especial ressaltou que o cubesat da Ufma também será utilizado como retransmissor de sinal para auxiliar na busca de embarcações perdidas no município de Raposa-MA. Alia-se, assim, o desenvolvimento de competências tecnológicas com a possível prestação de serviços à sociedade, que são duas das razões de ser da AEB.

Moura informou que a AEB também está em negociação com outras universidades públicas, com curso de Engenharia Aeroespacial, que ainda não foram beneficiadas com recursos da AEB para o desenvolvimento de nanossatélites.

Em 2020, além da Ufma, serão beneficiadas a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal do ABC (UFABC).

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