Assassinada a tiros, vítima havia solicitado revogação da medida protetiva contra o ex-marido

Após matar a ex-esposa e a irmã dela, Alan Pactrick se suicidou com um disparo na cabeça

Fonte: Redação

Gleyciane da Mota Bandeira, que foi assassinada pelo ex-marido, nesse domingo, 30, em Imperatriz, havia solicitado medida protetiva por conta de várias ameaças que vinha sofrendo, após o fim do relacionamento. No entanto, no dia 27 de maio, ela pediu a revogação do processo, que foi extinto em 30/06, de acordo com a Patrulha Maria da Penha.

As investigações apontam que Alan Patrick não se conformava com o fim da relação, mesmo após ter assumido outro relacionamento. Armado, foi até à casa da ex-esposa e efetuou os disparos, matando também Dayane da Mota Bandeira, a irmã dela. Em seguida, teria se matado, atirando contra a própria cabeça.

Na casa, ainda se encontravam o marido de Dayane da Mota Bandeira e duas crianças, que foram retirados do local por Alan Patrick, antes de cometer o crime.

Em nota, a Patrulha Maria da Penha lamentou o episódio, e afirmou nunca ter recebido a solicitação de acompanhamento do caso.

Nota da Patrulha Maria da Penha

“Tivemos agora a pouco a informação de dois feminicídios e um suicídio (do autor) no bairro Santa Rita, em virtude da não aceitação de uma separação do casal. Fato esse lastimável, uma das vítimas, que já foi casada com o acusado, pediu uma medida protetiva neste ano, porém no dia 27/05/2020 solicitou a revogação por meio da defensoria pública, fato esse que corroborou para a extinção do processo em 26/06/2020.

Nós da patrulha Maria da Penha, que fiscalizamos o cumprimento dessas medidas protetivas, nunca recebemos a solicitação do acompanhamento desta em específico. Sugerimos a todas as mulheres que possuem medida protetiva que não solicitem a revogação da referida, pois o seu descumprimento, além de crime autônomo (lei 11.340/06), pode gerar uma prisão preventiva do acusado, sendo, portanto, uma ajuda estatal eficaz para as mulheres vítimas de violência doméstica.

A PMP (patrulha Maria da Penha) está diuturnamente fiscalizando essas medidas, promovendo a sensação de segurança para essas mulheres, protegendo Marias desses abusos patriarcais construídos ao longo do tempo. A Patrulha Maria da Penha se solidariza com amigos e familiares e lamenta o ocorrido.”

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