O vizinho da idosa Fátima Maria Evangelista dos Santos, de 65 anos, localizada em uma cova clandestina, no cemitério da Maioba, na cidade de Paço do Lumiar, na tarde de terça-feira (1º), confessou ter participado do crime, de acordo com a Polícia Civil.
Inicialmente, ele havia negado envolvimento, mesmo tendo sido apontado pelo comparsa na ação, o pré-candidato a vereador de São Luís, Leandro César Silva Santos. Segundo o delegado Felipe César, titular do Departamento de Proteção à Pessoa da SHPP, que preside o inquérito sobre o caso, o suspeito, identificado apenas como Adailton (antes, apontado como Daniel), que seria amigo da vítima, revelou já tê-la encontrada morta dentro de casa.
A versão foi a mesma apresentada por Leandro Santos, que foi preso no bairro do Calhau, em cumprimento a mandado de prisão temporária pelos crimes de estelionato e furto, após sacar mais de R$ 180 mil de duas contas da idosa. O dinheiro estava sendo usado para custear a campanha dele.
Foi por meio do pré-candidato que a polícia, também, prendeu Adailton e chegou ao local em que estava enterrado o corpo de Fátima Maria, vista pela última vez por vizinhos no dia 10 de abril. Ela morava sozinha, no Beco da Baronesa, região central da cidade, e tinha um patrimônio considerável em dinheiro e imóveis.
Em depoimento, Leandro deu detalhes à polícia de como ocorreu toda a ação até a decisão de descartar o corpo algum tempo depois, conforme ele afirma, deles a terem achado sem vida.
“Ele falou que essa segunda pessoa o procurou e disse que uma senhora teria morrido e ele estaria de posse de toda a documentação dela. Também disse que ela não teria nenhum parente vivo. Os dois autuados estudaram juntos e se reencontraram nesse período do crime”, pontuou Felipe César.
Ainda de acordo com o que foi dito pelo suspeito aos policiais, a proposta era de que ele sacasse o dinheiro, desse uma parte para o comparsa e ficasse com o restante para utilizar na campanha.
CAUSA DA MORTE
A polícia aguarda agora o resultado dos exames que serão feitos pelo Instituto Médico Legal (IML), para que seja esclarecido como de fato a vítima morreu, mas os indícios são de que ela foi mesmo assassinada.
“Vamos analisar todo o desenrolar da questão da perícia, para poder definir o que os dois suspeitos irão responder por completo, porque pode haver um homicídio. Também tem a possibilidade de um latrocínio, que tenham a matado para pegar os cartões e dinheiro dela”, destacou o delegado Felipe César sobre a autuação dos dois suspeitos.