Hormonioterapia é uma opção de tratamento para o câncer de mama, explica oncologista

Nas últimas décadas, a hormonioterapia tornou-se uma importante ferramenta para o tratamento desse tumor

Fonte: Ian Pellegrini

Os pacientes com câncer de mama contam com um importante aliado no combate à doença. Nas últimas décadas, a hormonioterapia tornou-se uma importante ferramenta para o tratamento desse tumor. “Os novos medicamentos podem ser indicados para a prevenção. Também há possibilidade no pós-cirurgia e aliado a quimioterapia ou radioterapia”, explica Ramon Andrade de Mello, médico oncologista, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

O especialista esclarece que os hormônios podem promover a proliferação descontrolada de células, resultando no aparecimento de células cancerígenas, e que o medicamento atua exatamente para inibir essa multiplicação. “É importante ressaltar que a hormonioterapia é indicada para câncer de mama que tem positividade para receptores hormonais, que representam cerca de 60% dos casos”, orienta Ramon de Mello.

No uso profilático, a terapia hormonal pode reduzir as chances de aparecimento do câncer de mama em pacientes com alto risco genético. A hormonioterapia também contribui para mitigar a possibilidade de retorno do tumor operado. “Quanto mais cedo a paciente puder ser acompanhada pelo especialista, será possível traçar uma estratégia para, inclusive, adotar medidas preventivas”, esclarece o professor da Unifesp.

Ramon de Mello lembra que o tratamento hormonal já era uma opção há muitas décadas, mas consistia apenas na retirada cirúrgica dos órgãos produtores de hormônios: “Hoje, as opções medicamentosas já são amplamente utilizadas para diversos casos. Entre esses remédios, temos o tamoxífeno, inibidores de aromatase, fulvestranto, entre outros”.

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