AstraZeneca e Oxford suspendem testes de vacina por receio com segurança

Testes foram bloqueados após uma suspeita de reação adversa séria em um participante do estudo

Fonte: Da redação com Exame

A farmacêutica AstraZeneca e Universidade de Oxford suspenderam os testes de estágio final de sua aguardada candidata a vacina contra Covid-19 após uma suspeita de reação adversa séria em um participante do estudo, afirmou o site de notícias de saúde Stat News nesta terça-feira (8).

O site citou um porta-voz da AstraZeneca afirmando em um comunicado que o “processo de revisão padrão desencadeou uma pausa na vacinação para permitir a revisão dos dados de segurança”.

O porta-voz descreveu a pausa como “uma ação de rotina que deve acontecer sempre que houver uma doença potencialmente inexplicada em um dos testes, enquanto ela é investigada, garantindo a manutenção da integridade dos resultados”. O porta-voz também disse que a empresa está “trabalhando para agilizar a revisão do evento único para minimizar qualquer impacto potencial no cronograma do teste”. As suspensões clínicas não são incomuns e ainda não está claro quanto tempo pode durar.

O progresso do teste da empresa — e de todas as vacinas em desenvolvimento — está sendo observado minuciosamente devido à necessidade urgente de opções que possam conter a pandemia global. Existem atualmente nove vacinas candidatas em testes de Fase 3. A vacina da AstraZeneca é o primeiro teste de vacina de Fase 3 suspensa até o momento.

A AstraZeneca deu início ao teste de Fase 3 nos EUA no final de agosto, e está sendo feito atualmente em 62 locais do território americano. Já os testes de fase 2/3 foram iniciados anteriormente no Reino Unido, Brasil e África do Sul.

Para aumentar a produção da vacina, a AstraZeneca vai pagar cerca 15 milhões de libras para a Oxford Biomédica — e a escala de produção pode ser aumentada caso necessário.

A Oxford Biomédica, por sua vez, espera receber um adicional de até 35 milhões de libras, mais o custo dos materiais para produzir a vacina em larga escala até o final de 2021 e atender a demanda global pro uma proteção contra a Covid-19.

O Brasil, por exemplo, encomendou 100 milhões de doses da vacina, segundo o Ministério da Saúde. O governo previa investir 127 milhões de dólares no projeto e estima que cada dose da vacina vai custar 2,30 dólares.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacina britânica é a opção mais avançada no mundo em termos de testagem.

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