O médico veterinário Daniel Leite, acusado de matar a tiros o dono da Pizzaria Tio Tomate, Eduardo Viégas, se apresentou na tarde desta sexta-feira, 11, na Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP). Ele estava foragido desde a noite do crime, ocorrido na última quarta-feira, 9, dentro da clínica, no Monte Castelo, em São Luís.
De acordo com as primeiras informações, o veterinário chegou acompanhado de um advogado à Superintendência, onde prestou depoimento.
A SHPP informou que já havia um mandado de prisão temporária decretado, que foi cumprido após o depoimento. O veterinário foi encaminhado para realizar exame de corpo delito no Instituto Médico Legal, e depois será conduzido ao Complexo Penitenciária de Pedrinhas.
O caso
O crime aconteceu na noite da última quarta-feira, 9 após discussão dentro de uma clínica veterinária, no bairro Monte Castelo, em São Luís.
De acordo com boletim de ocorrências da Polícia Militar, a vítima foi identificada como José Eduardo Viegas Costa, 39 anos, proprietário da Pizzaria Tio Tomate, morto a tiros por um médico veterinário, prestador de serviços da clínica, após divergências sobre o valor da consulta de um gato.
O delegado George Marques informou que a discussão sobre o preço da consulta do gato já havia se encerrado, mas foi reiniciada de forma mais acalorada após a vítima exigir a nota fiscal, negada, naquele momento pelo veterinário, que sugeriu ser pega no dia seguinte. A situação se agravou, segundo o delegado, quando o empresário começou a filmar o local e ter supostamente acertado um soco no funcionário, que teria revidado sacando a pistola.
Eduardo Viegas foi atingido com disparos na cabeça e no ombro, segundo a polícia, que calcula pelo menos nove tiros efetuados pelo suspeito. A vítima ainda foi socorrida por uma equipe do Samu, mas não resistiu e foi a óbito no local. A companheira do empresário também foi atingida no braço, mas não corre risco de morte.
Após o crime, o autor dos disparos se evadiu do local, e só foi se apresentar à polícia na tarde desta sexta-feira, 11.
A arma utilizada no crime está sendo investigada, e, segundo a polícia, os outros funcionários da clínica não sabiam que o veterinário andava armado.