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Estudantes produzem sabonetes extraídos da folha do mamoeiro, em São Luís

A ação tem desenvolvido o gosto pela ciência e a produção de meios para prevenção contra a Covid-19.

Fonte: Redação/Assessoria

Alunos do Centro Educa Mais Bacanga, escola de tempo integral da Rede Pública Estadual, localizada no bairro do Anjo da Guarda, em São Luís, produziram, depois de cuidadosa pesquisa, sabonetes pela reutilização do óleo vegetal e do sumo da folha do mamoeiro como meio de ajudar no combate ao novo coronavírus, além de cumprir a agenda do plano de ação da escola.

A fabricação dos sabonetes já foi realizada em outras oportunidades pela escola, em disciplinas eletivas com os alunos, mas apenas com o óleo vegetal. A ideia de acrescentar o sumo da folha do mamoeiro surgiu após a dica da avó de um estudante participante de um dos clubes de protagonistas da escola. Ela é lavadeira e usa a folha para produzir mais espuma e deixar as louças mais limpas.

Logo depois, os alunos deram início às pesquisas sobre as propriedades do sumo da folha do mamoeiro e observaram que não traziam nenhum risco para a pele. A fusão do óleo com a folha deu certo. Os estudantes não se limitaram ao sabão em barra. Logo a pesquisa somou para a fabricação de mais produtos como o sabonete líquido e facial.

A ação surgiu depois da mobilização de professores como estratégia para minimizar os problemas encontrados na pesquisa do plano de ação da unidade, como leitura e a interpretação de texto. Após esses resultados, os clubes de protagonista da escola – Leitura sem Fronteira, Gastronomia e Escola Verde – uniram-se para desenvolver meios que pudessem mudar esse quadro. A produção evoluiu para confecção dos sabonetes.

A ideia da fabricação desse material serve para arrecadar fundos para compra de revistas em quadrinhos e clássicos literários, que os alunos simpatizam.

De acordo com o estudante Isaac Brandão Pereira, a fabricação dos produtos de higiene foi uma excelente ideia para ajudar os demais alunos no desenvolvimento da leitura.

“Uma dessas ideias de ajudar os alunos e a comunidade surgiu de comprarmos revistas simples e alguns clássicos da literatura mundial; então, arrecadarmos fundos e pensamos em elaborar prototípicos de sabão, de uma referência que tínhamos de uma eletiva da qual a gestora era oficineira. Com a venda dos sabões arrecadamos fundos para comprar as revistinhas”, explicou.

A ação está contribuindo tanto para o ensino dos jovens como para incentivar o gosto pela ciência e o empreendedorismo, além de propiciar a produção de meios para prevenção contra a Covid-19. A professora de Língua Inglesa, Karen Cibelle, destacou a admiração e competência dos alunos em resgatar trabalhos e usar em prol de um bem maior para a comunidade.

“Fiquei muito admirada pelo empenho dos alunos neste projeto, de querer ir além, principalmente neste momento de pandemia da Covid-19 e ensino remoto. A ação ressalta o valor de lavar as mãos e dos cuidados com a higiene, principalmente onde trabalhamos. Os alunos colocaram tudo isso em prática juntamente com professores e direção da escola. Para a juventude é uma forma de incentivá-los cada vez mais a buscarem a leitura”, afirmou a professora.

A aluna Juliane Estefane Santos explicou que o objetivo da ação é incentivar ações de empreendedorismo. “Além disso, serve para dar outra utilidade aos resíduos que descartamos. O nosso projeto ajuda no plano de ação escolar e, também, auxiliará a comunidade no combate ao novo coronavírus, uma vez que, em algumas unidades, serão distribuídas aos moradores”, anunciou.

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