EUA aprova Remdesivir como tratamento para coronavírus

O remédio é agora o primeiro e único tratamento totalmente aprovado nos EUA para Covid-19

Fonte: Mariana Martucci

A Food and Drug Administration (FDA), órgão equivalente à Anvisa nos Estados Unidos, aprovou nesta quinta-feira o Remdesivir, medicamento antiviral da Gilead Sciences, como tratamento para o coronavírus, segundo informações da CNBC. O Remdesivir foi um dos remédios utilizados para tratar o presidente americano, Donald Trump, após sua infecção pelo coronavírus.

Em maio, o FDA concedeu uma autorização em caráter emergencial ao medicamento, permitindo que hospitais e médicos usassem o remédio em pacientes hospitalizados diagnosticados com Covid-19, mesmo que o medicamento não tivesse sido formalmente aprovado pela agência reguladora. O remédio intravenoso ajudou a reduzir o tempo de recuperação de alguns pacientes com Covid-19 hospitalizados.

O medicamento será usado em pacientes com covid-19 que necessitem de hospitalização, afirmou a farmacêutica Gilead. O Remdesivir é agora o primeiro e único tratamento totalmente aprovado nos Estados Unidos para Covid-19, que infectou mais de 41,3 milhões e matou mais de 1 milhão, de acordo com dados divulgados pela Universidade Johns Hopkins.

“Desde o início da pandemia, a Gilead tem trabalhado incansavelmente para ajudar a encontrar soluções para esta crise de saúde global”, disse o CEO da Gilead, Daniel O’Day, em um comunicado oficial. “É incrível estar na posição hoje, menos de um ano desde os primeiros relatos de caso da doença, de ter um tratamento aprovado pela FDA nos Estados Unidos que está disponível para todos os pacientes que necessitem.”

O que é o Remdesivir?
Inicialmente criado pela farmacêutica americana para tratar doenças como hepatite C e RSV (um vírus que, assim como o coronavírus, causa infecções respiratórias), o Remdesivir (em qualquer formato) é capaz de imitar uma parte do RNA viral da covid-19, o que o faz ser uma prevenção necessária para que o RNA não se instaure de forma mais grave no organismo humano. Dessa forma, o vírus não consegue se reproduzir ou se replicar e todo o processo de infecção se torna mais lento.

O medicamento já foi testado para uso em casos de Ebola e de SARS e MERS — mas nunca foi aprovado para o uso nesses casos.

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