O deputado estadual Yglésio Moysés, candidato do Partido Republicano da Ordem Social (Pros)à sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), abriu sua campanha anunciando que possui um Plano de Governo detalhado, completo e condizente com a realidade de São Luís.
Na avaliação de Yglésio, os demais candidatos estão apresentando propostas enlatadas, desconectadas da realidade financeira do município e da vontade do povo.
“Os meus adversários querem mostrar força política com aglomerações, caminhadas com centenas de pessoas, tudo que não se pode fazer em momento
de pandemia”, afirma Yglésio, que durante sete meses foi diretor do Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I) e agora exerce o seu primeiro mandato na
Assembleia Legislativa do Estado.
Nesta entrevista ao Jornal Pequeno, ele explica suas propostas de campanha e afirma, de forma categórica, que “São Luís quer um prefeito de verdade pra fazer uma cidade de verdade”:
Jornal Pequeno – Para entrar nesta campanha, o senhor chegou a conceber um Plano de Governo?
Yglésio Moysés – Estamos conectados com a realidade de São Luís. O meu Plano de Governo é resultado do diálogo que sempre tivemos para encontrar os melhores caminhos para São Luís! Quando falo em melhores caminhos me refiro ao que é possível fazer. Temos um Plano de Governo detalhado, completo, e condizente com a realidade de São Luís.
JP – Quais são as propostas mais importantes?
Yglésio – Na área de assistência social, temos o Papi – Programa de Apoio à Primeira Infância. Já fizemos o nosso primeiro ato como próximo prefeito de São
Luís. Enviamos o projeto de lei do Papi para o prefeito Edivaldo Holanda Jr (PDT). A nossa vitória será a certeza de que o Papi será aprovado logo no primeiro ano de governo.Saúde, mobilidade urbana e segurança são algumas questões apontadas pelas comunidades; são outras áreas que preocupam a cidade.
JP – Há outros projetos de lei de sua autoria?
Yglésio– Sim. Na área da segurança, por exemplo, apresentei na Assembleia Legislativa a Lei da Recompensa, já sancionada pelo governador Flávio Dino (PCdoB). Estamos aguardando há mais de um ano a regulamentação por parte da Secretaria de Segurança Pública. Na saúde, destaco no plano de governo em www.yglesio90.com.br. Nele, mostro como vamos acabar com as filas de marcação de consultas e exames, descentralizando para terminais, aplicativos, além dedesburocratizar a requisição de exames na rede pública, permitindo que o cidadão possa levar uma requisição de uma clínica popular, na rede privada.
Na educação, o plano principal é reestruturar o ano letivo de 2020 em 2021, estruturar as escolas municipais e fazer novas creches, uma demanda que não foi atendida há décadas.
JP -E na área do transporte público?
Yglésio – Estão prometendo o que não podem fazer para a melhoria do transporte público. A Prefeitura tem que assumir a sua responsabilidade para a garantia de
um transporte de qualidade. Vamos investir no transporte público para congelar os preços de passagens, melhorar o serviço prestado e ter autoridade para cobrar a excelência do serviço por parte das empresas. É necessário e já é tempo de revisar o contrato da licitação do transporte público em São Luís. O próprio contrato define essa revisão e ainda não foi feito; nós faremos.
JP -E as pesquisas divulgadas até agora?
Yglésio – As pesquisas muitas vezes atendem a interesses de terceiros. Digo isso fazendo uma pergunta: por que nem todas são divulgadas? A verdade é que, por
onde passamos, nossa mensagem é bem recebida. O nosso desafio é fazer a nossa mensagem chegar em mais e mais pessoas. Começamos a pontuar bem, principalmente depois dos debates da Band e Meio Norte, em que as atenções estão voltadas a todos os candidatos e você pode saber quem é quem de verdade. As pesquisas mostram um pedaço da realidade e não a realidade. A eleição é muito dinâmica, todo dia muda o cenário e as variáveis são muitas.
JP -O que dizer sobre a campanha em São Luís?
Yglésio – Vejo um modelo se repetir. São propostas enlatadas, desconectadas da realidade financeira do município e da vontade do povo. Os meus adversários querem mostrar força política com aglomerações, caminhadas com centenas de pessoas, tudo que não se pode fazer em momento de pandemia. Na pandemia, a Internet funcionou para estudar, para trabalhar, fazer atendimento médico e não serve para fazer política? Para pedir votos? A minha impressão é que os adversários estão preocupados com a manutenção do status quo e não com a saúde das pessoas.
JP – Há uma tendência de acirramento da campanha, com agressões, baixarias,fakenews?
Yglésio – Nós vamos fazer uma campanha propositiva e vamos ter os ambientes apropriados para os embates, que são os debates promovidos pelos meios de
comunicação. E mesmo nesses ambientes devemos debater a cidade, sobre o que impacta a vida das pessoas. Pra mostrar quem é quem de verdade. Quanto ao nível dos candidatos vejo que muitos estão presos a um modelo de gestão que foi desenhado por marqueteiros… São propostas que a gente sabe que não são possíveis fazer e isso só contribuí para o descrédito na política.
JP – O atual cenário indica um segundo turno?
Yglésio – Temos uma eleição aberta em São Luís em que as pessoas ainda não conhecem os candidatos e não estão com o voto consolidado. É neste cenário que vamos apresentar nossas propostas para fazer uma São Luís de verdade. Nossa capital gosta de decidir a eleição em dois turnos. Teremos segundo turno e com o Yglésio 90.
JP – Qual sua análise sobre estes dois mandatos do prefeito Edivaldo, à frente da Prefeitura de São Luís?
Yglésio – O prefeito Edivaldo acelerou o ritmo das obras na cidade nos últimos dois anos. O que queremos pra São Luís é utilizar todo o tempo em que as pessoas confiaram em nosso trabalho. Serão quatro anos de trabalho intenso. No Socorrão I, durante sete meses de gestão, nós colocamos o maior hospital de urgência e emergência do Maranhão em outro patamar, com frutos que colhemos até hoje. Na Assembleia Legislativa, nós aproveitamos cada dia desse um ano e meio de mandato e trabalhamos de verdade. Apresentamos mais de mil proposições, aprovamos dezenas de projetos e o principal: trabalhamos com amor. A população avaliou Edivaldo em sua reeleição. Agora, chegou a vez de falar o que será feito daqui pra frente, o que será preservado e ter a coragem, principalmente, de mudar o que deve ser mudado para destravar a máquina pública.
JP – Que influência podem ter nestas eleições em São Luís figuras como Lula, Sarney, Bolsonaro, Flávio Dino e o prefeito Edivaldo?
Yglésio – O que essas figuras podem fazer por São Luís, quando o próximo prefeito assumir? A preocupação do eleitor é com os problemas da cidade e a maior
influência que pode decidir é o conjunto do candidato, com suas propostas, posições e coerências.
JP – Qual sua opinião sobre as alianças que os outros candidatos estabeleceram para esta eleição?
Yglésio – A política é determinante em nossas vidas e as alianças fazem parte desse jogo democrático. O que acontece e o que tenho dito é como essas alianças estão sendo feitas, estão sendo costurados acordos pensando em 2022, sem levar em conta os interesses do povo, do eleitor. Querem fazer de São Luís o caixa
eletrônico para 2022 e isso jamais vou permitir.
JP – Que reflexos esta eleição poderão ter na sucessão do governador Flávio Dino, em 2022?
Yglésio – Com nossa vitória, as eleições de São Luís não terão reflexo nenhum na sucessão do governador Flávio Dino. Como disse anteriormente: jamais vou
deixar que façam de São Luís o caixa eletrônico para a eleição em 2022. O único reflexo que queremos para as próximas eleições é de uma gestão que seja modelo, que consiga atender às pessoas.
JP – Como pretende avançar coma campanha nestes tempos de coronavírus?
Yglésio – Da forma que já estamos fazendo. Optamos por fazer uma campanha na rua, mas sem aglomeração. Conversando com o povo, com todos os cuidados.
Ouvindo as pessoas, sem precisar lotar ginásios. Nossa mensagem chegará no coração das pessoas. São Luís quer um prefeito de verdade pra fazer uma cidade de verdade. Convido os leitores do Jornal Pequeno para acompanhar nossas redes sociais. Estamos no Twitter, Facebook, Instagram, Twitter e WhatsApp.