Na semana que antecede o Dia de Finados, os cemitérios de São Luís estão se preparando para receber o público fiel às homenagens aos que já morreram. Sebastião Estrela, que é diretor do Cemitério do Gavião, localizado na Madre Deus, disse ao Jornal Pequeno que o espaço vai seguir à risca as medidas estabelecidas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), mas que conta com a consciência de cada visitante, no uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social.
“Estamos contando com a conscientização das pessoas. É natural que chamemos a atenção de quem não esteja com máscara, mas não vamos obrigá-los, pois não temos força para isso. As regras neste cemitério é que todos estejam de máscara, mantenham o distanciamento, e usem álcool em gel”, informou Sebastião Estrela.
O supervisor comercial do cemitério particular Jardim da Paz, Bruno Abreu, informou que, até pela falta de despedida, durante o período de quarentena, a empresa acredita ser um dia de celebração. Mas, Bruno informou que não será realizado nenhum evento, como missas e cultos, e a até mesmo peça de teatro.
“Permaneceremos utilizando os critérios da Vigilância Sanitária. Nosso espaço de sepultamento é muito grande, pois o Jardim da Paz é um cemitério-parque, muito grande e arejado, localizado na estrada de São José de Ribamar. Logo na entrada, teremos uma barraca de flores, álcool em gel, e cada um dos visitantes terá sua temperatura medida”, informou Bruno Abreu.
EXPECTATIVA DE PÚBLICO
No Cemitério Jardim da Paz, o supervisor comercial informou que sempre nas vésperas do Dia de Finados, o espaço chega a receber cerca de 25 mil pessoas diariamente. No dia do feriado, o número dobra, havendo a presença de 50 mil pessoas no cemitério.
Já no Cemitério do Gavião, nos dois dias que antecedem a data e somado ao feriado, o público médio total é de 20 mil pessoas. “Acreditamos que os números ultrapassem neste ano, pois este será um momento em que muitas pessoas darão o último adeus, o que não ocorreu no período de quarentena, quando os velórios ficaram suspensos, em casos de suspeita de Covid-19. Porém, as pessoas ainda estão com receio”, declarou Bruno Abreu.
LIMPEZA
No Cemitério do Gavião, pedreiros e pintores trabalham a fim de restaurar jazigos para as famílias prestarem as tradicionais homenagens aos seus entes queridos mortos. Maria Raimunda Nunes, de 66 anos, disse que todos os anos aproveita a data para adquirir renda extra. “Meu trabalho de pintura começa semanas antes do Dia de Finados e vai até este dia. É bom porque é mais uma opção de trabalho para os desempregados”, afirmou Maria Raimunda.