A Polícia Federal no Maranhão, por meio da Força-Tarefa Previdenciária, deflagrou na manhã desta quinta-feira,05, a Operação Fragmentado, com a finalidade de reprimir crimes contra o sistema previdenciário praticados por associação criminosa em municípios maranhenses e no Pará.
Foram cumpridas diligências nos municípios de São Luís, Santa Rita, Bacabeira e Peri Mirim, todos no Estado do Maranhão e, em Ananindeua, no Estado do Pará.
Aproximadamente 72 policiais federais cumpriram 25 mandados judiciais, sendo um de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 18 dezoito de busca e apreensão (cumprido na Agência da Previdência Social de Santa Rita/MA e outro na residência de uma servidora do INSS).
A PF informou que foi ordenado ao INSS a imediata suspensão/bloqueio dos pagamentos referentes a 61 (sessenta e um) benefícios, os quais deverão ser submetidos a procedimentos de auditoria.
A investigação, iniciada no ano de 2019, levou à identificação de um extenso esquema de fraudes, tanto na falsificação dos documentos utilizados pelos pretensos beneficiários para obtenção de benefícios indevidos, quanto na adoção de providências para a sua manutenção (realização de provas de vida, saques indevidos de parcelas mensais, transferências de local e forma de pagamento), causando vultoso dano aos cofres públicos.
O prejuízo inicialmente identificado aproxima-se de R$ 7,3 milhões. A economia proporcionada com a futura suspensão dos benefícios, considerando-se a expectativa de sobrevida projetada pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), gira em torno de R$ 6,3 milhões.
Os envolvidos estão sendo investigados pela prática dos crimes de estelionato previdenciário, associação criminosa e uso de documento falso. As penas máximas acumuladas podem ultrapassar 15 anos de reclusão.
A operação pela Polícia Federal no Maranhão contou com a colaboração da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
Operação Fragmentado
O nome da operação faz alusão a um filme norte-americano, lançado no ano de 2017, que conta a história de Kevin, criminoso diagnosticado com Transtorno Dissociativo de Identidade, que se divide em 23 personalidades com idades, gêneros e até doenças completamente diferentes. O mesmo ocorre com o principal alvo da Operação, que possui inúmeras identidades distintas, mas derivadas de falsificação de documentos públicos.