A procuradora da Mulher da Assembleia Legislativa, deputada Helena Duailibe (Solidariedade), manifestou-se, na manhã desta quarta-feira (4), sobre o “caso Mariana Ferrer”, que chocou o país pela decisão proferida por um magistrado, ao julgar o processo com fundamentos na tese de “estupro culposo”, inocentando o acusado. A parlamentar repudiou, também, a humilhação sofrida pela jovem, durante a audiência.
“Quando a gente pensa que avança em relação à Lei Maria da Penha, em tantas conquistas que já foram feitas para colocar a mulher em seu lugar, nós vemos aqui casos como o de Mariana Ferrer. Então, eu venho aqui me solidarizar com a jovem”, afirmou a deputada Helena Duailibe.
Segundo a procuradora da Mulher na Assembleia, infelizmente, o que aconteceu com Mariana acontece todos os dias com centenas de mulheres. “É necessário que a justiça seja feita. Não existe estupro culposo. A forma como Mariana foi humilhada perante o juiz é inaceitável. É preciso que as autoridades revejam essa situação e façam algo em prol de Mariana”, defendeu.
Repúdio
Em suas redes sociais, o presidente da Assembleia, deputado Othelino Neto (PCdoB), também repudiou o episódio envolvendo a influenciadora digital Mariana Ferrer. “Infelizmente, ainda vivemos em uma cultura machista, que sempre acha um jeito de culpabilizar a vítima. Não há tipificação em lei para ‘estupro culposo’. A decisão é absurda e só protege o agressor”.
Othelino afirmou “que o Legislativo maranhense segue aprovando matérias importantes de fortalecimento das leis de proteção às mulheres vítimas de violência para que absurdos como esse não prosperem”.
Portas abertas
Ainda em seu discurso, a deputada Helena Duailibe afirmou que a Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa do Maranhão está de portas abertas a todas as mulheres que sentirem necessidade.
“Procuraremos sempre buscar justiça para as mulheres que, de alguma forma, sofrem violência, sendo física ou verbal. É isso que faz com que as mulheres fiquem com medo de denunciar. Elas já têm a dificuldade para denunciar e, quando denunciam, são humilhadas de forma brutal. O nosso repúdio, a nossa indignação. Queremos justiça para Mariana!”, ressaltou a deputada.