O deputado federal Rubens Júnior (PCdoB), candidato da coligação “Do Lado do Povo”, começa a trabalhar a fase decisiva da campanha
com a convicção de que possui o melhor time para vencer a eleição para a Prefeitura de São Luís.
Ele cita nomes como o coordenador da campanha, o deputado federal Márcio Jerry, o candidato a vice, o vereador Honorato Fernandes, e a senadora Eliziane Gama.
“Para ser prefeito de uma cidade como São Luís é preciso ter experiência, competência e capacidade de dialogar e agregar. Temos muitos
desafios pela frente e eu estou pronto para isso”, afirma Rubens Júnior.
Ele lembra que foi deputado estadual por dois mandatos e está no segundo mandato como deputado federal. Foi secretário das Cidades do
atual governo Flávio Dino, onde pôde adquirir experiência de gestão.
“Temos um portfólio de obras grande pela cidade, o que me credencia a cuidar da nossa capital”, frisou Rubens Júnior nesta entrevista
ao Jornal Pequeno, em que faz explanação sobre suas propostas:
Jornal Pequeno – De que forma foram concebidas as propostas que estão sendo anunciadas em sua campanha?
Rubens Júnior – Nosso Plano de Governo foi construído de forma coletiva, a partir do movimento Diálogos por São Luís. Foram mais de 100 reuniões presenciais e virtuais, que geraram mais de 1.000 propostas. Após a realização de um grande diagnóstico, alcançamos as 65 principais, distribuídas em quatro eixos: Primeira Infância, Combate à Pobreza, Desenvolvimento Urbano Sustentável e Inovação Tecnológica.
JP – Quais as propostas mais importantes?
Rubens Júnior – Entre as principais propostas na área da saúde, por exemplo, vamos transformar o Hospital da Ilha no Novo Socorrão
de São Luís. Este equipamento é duas vezes maior que os Socorrões I e II juntos. E estes, ficarão apenas para cirurgias. Também queremos
implantar as Policlínicas com funcionamento 24 horas. Além disso, vamos ampliar os horários de atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBS).
JP – E para a melhoria do ensino?
Rubens Júnior – Na Educação, queremos criar Centros de Estudos com aulas o dia todo na educação infantil e fundamental; fazer com que
as creches funcionem 24 horas; e instituir o Programa Escola Digna São Luís, com escolas de alto padrão de qualidade, como o governador
Flávio Dino está fazendo no Maranhão.
JP – Há propostas também na área da habitação?
Rubens Júnior – Sim. Na área da habitação vamos criar o Cheque Minha Casa Municipal, onde cada cheque que o governador Flávio Dino
der no programa estadual, eu vou dar outro no mesmo valor. Já no programa Casa Legal, vamos trabalhar para a regularização fundiária para famílias de baixa renda. E por meio do programa Mais Moradia, vamos fazer parceria com os governos federal e estadual para construções de novas unidades de habitação.
JP – De que forma se pode enfrentar a questão do desemprego?
Rubens Júnior – Eu não poderia deixar de destacar as propostas de Emprego, uma das pautas mais urgentes da atualidade. O programa
Meu Emprego de Volta vai retomar os empregos e a economia de São Luís. Por meio do Juros Zero, a prefeitura vai pagar os juros dos
empréstimos de quem tem pequenos negócios. Também faremos muitos cursos de capacitação, com almoço e transporte gratuito para quem
estiver desempregado. Além disso, vamos criar o Banco de Empregos Municipal.
JP – O que dizer sobre as pesquisas divulgadas até agora?
Rubens Júnior – Sou de um grupo político que não tem medo de pesquisas. Eleição se resolve na urna e não durante a pré-campanha e a
campanha. Sobretudo em São Luís. Em todos os pleitos anteriores, houve uma grande variação no período final. Temos a consciência de que este processo todo é uma maratona, que o vencedor não é quem larga bem. Eu mesmo já tenho visto outros candidatos cansando, entrando em desespero. Nós estamos firmes, levando nossa campanha com respeito e muita verdade, mesmo diante dos desafios que enfrentamos, como a Covid, que me tirou das ruas por 20 dias. Dentre todos os candidatos, sou o que apresenta maior crescimento, em todas as pesquisas. Então posso dizer, com tranquilidade, que estamos na onda ascendente. Com a campanha na rua e a população conhecendo nossas propostas, estaremos no segundo turno.
JP – Qual sua impressão sobre esta atual fase da campanha?
Rubens Júnior – Estamos caminhando para a reta final, onde haverá a definição daqueles que irão para o segundo turno. Este é o momento que a população deve estar mais atenta aos programas eleitorais, conhecendo com mais profundidade as propostas. É visível também que os ânimos estão mais acirrados, o que também é uma oportunidade para que os ludovicenses conheçam de verdade quem pretende governar a cidade nos próximos quatro anos. Para ser prefeito de uma cidade como São Luís é preciso ter experiência, competência e capacidade de dialogar e agregar. Temos muitos desafios pela frente e eu estou pronto para isso. Fui deputado estadual por dois mandatos, estou no segundo mandato como deputado federal. Fui secretário das Cidades do atual governo Flávio Dino, onde pude adquirir experiência de gestão. Temos um portfólio de obras grande pela cidade, o que me credencia a cuidar da nossa capital.
JP – Há um risco de esta fase final da campanha ficar mais propensa a ataques e agressões?
Rubens Júnior – Na minha visão esta é uma campanha que tem candidatos aptos para o debate qualificado. Divergências políticas sempre existirão, mas elas devem permanecer no campo político. Mas infelizmente, nos últimos dias, temos visto que nem todos os candidatos
estão dispostos a isso. Estamos vendo agressões que extrapolam o campo político e partem para o pessoal e pior, para ofensas a familiares. Isso é covarde. É inaceitável a baixaria de agredir familiares. Para ser prefeito, é preciso ter maturidade, responsabilidade e respeito.
Eu não acredito e nem pratico o vale tudo na política. Crítica política é normal. Ataque à família é inaceitável, é indigno. Eu quero debater
é a cidade, propostas, não baixarias. Eu quero falar de futuro, de esperança, de novos caminhos para São Luís. Este é o nosso projeto.
JP – Então há de fato um cenário indicando segundo turno?
Rubens Júnior – Está claro que haverá um segundo turno. O candidato Braide está se apoiando em um recall da eleição passada, mas certamente isso não se refletirá nas urnas. Nós temos o melhor time. Estamos do lado do governador Flávio Dino e do ex-presidente
Lula. É neles que me espelho para governar, para cuidar do povo, de quem mais precisa. Esta é a mensagem que estamos levando para a
população, e pelo nosso crescimento, estamos no caminho certo.
JP – Qual sua análise sobre a administração do prefeito Edivaldo, nestes dois mandatos à frente da Prefeitura de São Luís?
Rubens Júnior – O prefeito Edivaldo certamente deixará a cidade melhor do que ele encontrou. Mas ele acertou em tudo? Não. Ele mais acertou que errou, e isso é inegável. E posso citar facilmente avanços que ele garantiu, como a licitação do transporte público, que se arrastava por anos e ele conseguiu realizar. Chegou a hora de rever os contratos e adequá-los ainda mais às necessidades da população.
Durante os dois mandatos, Edivaldo manteve as contas da prefeitura em dia, mesmo diante de uma crise mundial gigantesca, que atingiu
estados e municípios de todo o país. Grandes capitais, por exemplo, seguem atrasando folha de pagamento dos seus servidores, aqui foi
diferente, o prefeito sempre cumpriu com as obrigações. Nossa gestão vai preservar o que foi bom e trabalhar para melhorar o que não está adequado. Sabemos que temos muito a fazer, mas também sabemos como. E é por isso que pedimos à população de São Luís a oportunidade de governar São Luís.
JP – Que influência podem ter nestas eleições em São Luís figuras como Lula, Sarney, Bolsonaro, Flávio Dino e o prefeito Edivaldo?
Rubens Júnior – Dentre os nomes que você citou, penso que três nomes são decisivos para as eleições: o governador Flávio Dino,
o ex-presidente Lula e o prefeito Edivaldo, simplesmente pela grande aprovação por parte da população. Flávio é o melhor governador do Brasil e o trabalho que realizou recentemente no combate à pandemia da Covid 19 garante que hoje sejamos um dos estados com a menor taxa de transmissão da doença. E a população sabe disso. Lula, pelo histórico de governo voltado para quem mais precisa, ainda é lembrado por boa parte do eleitorado, e por fim, Edivaldo, que agora no fim do mandato, conseguiu um empréstimo e está realizando diversas intervenções que estão sendo muito bem-vistas pela população.
JP – Qual sua opinião sobre as alianças que os outros candidatos estabeleceram para estas eleições?
Rubens Júnior – Todos são livres para ter alianças com quem quiserem, mas não é justo com o eleitor o que estão fazendo. Estão tentando a todo custo esconder os aliados. Eu sou do PCdoB, o partido do governador Flávio Dino, e tenho na minha chapa como vice-prefeito o vereador Honorato Fernandes, do PT. O ex-presidente Lula está nos apoiando e mostramos isso desde sempre para o povo de São Luís. E os demais? Quem são seus aliados? Tivemos um fato político em São Luís que clareou bastante o cenário. Com a visita de Bolsonaro à capital, o Braide estava lá representado pelo senador Roberto Rocha, e pelos deputados Edilázio e Aloísio Mendes, todos apoiadores de primeira ordem do presidente. Duarte e Neto estavam lá sendo representados pelos presidentes dos seus partidos. O presidente do meu partido, o deputado Márcio Jerry, foi o único que não estava lá. Muito pelo contrário. Estava lutando para ter um SUS mais forte. É preciso ter transparência neste processo. Se ganharem, vão governar com Bolsonaro? É isso que os ludovicenses precisam e merecem saber.
JP – Que reflexos estas eleições em São Luís poderão ter na sucessão do governador Flávio Dino, em 2022?
Rubens Júnior – Eu não sou candidato para me lançar a nada nem sequer adiantar as eleições de 2022, como vejo outros fazerem. Este é o
momento de pensar em São Luís. A população espera que o prefeito seja eleito para governar a cidade, trabalhar para garantir os avanços que a cidade tanto precisa. Penso que o ano de 2022 deve ser pensado mais pra frente. O governador Flávio Dino está na cadeira, está realizando um excelente trabalho e só isso deve ser considerado agora. Aliás, é isso que a população espera.