A farmacêutica americana Pfizer divulgou nesta segunda-feira, 9, novos resultados da última fase de testes de sua vacina contra o novo coronavírus, desenvolvida em parceria com a alemã BioNTech. Segundo a companhia, a vacina experimental se mostrou mais do que 90% eficaz em participantes que não tiveram infecções pela Covid-19 depois de uma semana da administração da segunda dose necessária da imunização.
A análise da farmacêutica avaliou que 94 dos 43.538 voluntários que participam dos testes foram infectados pela doença. São necessários 164 casos confirmados para caracterizar a vacina como totalmente funcional.
A expectativa da Pfizer é pedir uma aprovação emergencial ao Food and Drug Administration (o FDA, espécie de Anvisa americana) na terceira semana deste mês.
Recentemente foi divulgado, segundo os executivos da companhia, que é possível que a imunização fique disponível até o final de 2020. Para o presidente da companhia, Albert Bourla, a Pfizer poderá fornecer cerca de 40 milhões de doses nos Estados Unidos se os testes clínicos em fase 3 continuarem “conforme o esperado” e se os órgãos reguladores aprovarem o uso emergencial dela.
“Hoje é um bom dia para a ciência e para a humanidade. Os primeiros resultados da nossa fase três de testes da vacina da covid-19 têm evidências iniciais da habilidade da vacina de proteger contra o vírus. Estamos atingindo um marco crítico em nosso programa de desenvolvimento quando o mundo precisa mais de uma imunização, com os números de infecções aumentando, hospitais chegando perto de sua capacidade máxima, e economias tendo dificuldades na reabertura”, afirmou Bourla em um comunicado divulgado pela empresa.
Mais dados sobre a eficácia da vacina devem ser compartilhados em breve. Essa é a primeira análise preliminar de fase três divulgada pela Pfizer.
Das 47 em fases de testes, apenas 10 estão na fase 3, a última antes de uma possível aprovação. São elas a chinesa da Sinovac Biotech, a também chinesa da Sinopharm, a britânica de Oxford em parceria com a AstraZeneca, a americana da Moderna, da Pfizer e BioNTech, a russa do Instituto Gamaleya, a chinesa CanSino, a americana Janssen Pharmaceutical Companies e a também americana Novavax.