Um dos principais desafios da economia mundial é aumentar a receita para 2021. Com a pandemia do novo coronavírus, diversas nações viram suas economias em frangalhos com a menor circulação de pessoas, diminuição do consumo, queda na demanda e, por consequência, aumenta do desemprego.
No Brasil, esse cenário está escancarado em todos os noticiários. O governo Jair Bolsonaro não conseguiu conter o avanço da doença – são mais de 164 mil mortos – ao mesmo tempo em que teve problemas para melhorar a economia – são mais de 13 milhões de desempregados, segundo o IBGE.
O auxílio emergencial, que garantiu renda para parte da população mais vulnerável, no valor de R$ 600, acaba em dezembro, e ainda não há definição sobre um programa de distribuição de renda que possa substituí-lo. O Renda Brasil, conduzido pelo ministério da Economia, ainda não saiu do papel.
O ministro Paulo Guedes busca uma forma de viabilizá-lo, mas ainda não achou uma resposta para isso. A população mais pobre e carente, portanto, pode ficar sem sua principal fonte de renda em dois meses.
Mesmo assim, a equipe econômica do governo está otimista com o crescimento da economia brasileira. A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia publicou previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro acima de 3% em 2021.
A justificativa para uma retomada em “V” (a letra representa o com comportamento da curva de crescimento em gráfico) estariam concentrada em alguns fatores: emprego, crédito e consolidação fiscal. O questionamento que se levanta é se há mesmo espaço para tanto otimismo em um ano que começará marcado pela pandemia.
A SPE acredita que medidas como o auxílio emergencial e os saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) podem ainda injetar R$ 130 bilhões na economia até o fim de 2021. Essas e outras notícias sobre economia podem ser encontradas no https://jornal365.com,
Outro ponto seria que a redução do consumo das classes média e alta durante as fases mais rigorosas do distanciamento social resultou em um aumento expressivo da poupança dessas famílias. Nesse momento, elas estariam dispostas a gastar o que guardaram nos últimos meses.
Para o professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Vander Mendes Lucas, o Ministério da Economia está fazendo o seu papel de demonstrar confiança para a sociedade e transmitir os sinais para os demais agentes.
“Achar que o PIB vai crescer acima de 3% em 2021 é otimista demais, mas é possível. Claro que precisa de uma combinação de vários indicadores. Não podemos ficar baseados no crédito que o Governo está colocando”, disse ao jornal Estado de S.Paulo.
“Tem um conjunto de variáveis que o governo deverá levar em consideração. Claro, terá de ser otimista com todas elas, porque ele é o carro-chefe, que dá o sinal mais forte para a economia”, diz. “Agora, se vamos ter respostas desses sinais ou não depende muito também do setor privado e dos deveres de casa que o governo está tendo que fazer e não está fazendo, principalmente, coisas que estão emperradas dentro do Congresso Nacional”, avaliou o economista.