Braide e Duarte travam duelo final da eleição para prefeito de São Luís

700 mil eleitores deverão voltar às urnas para eleger o sucessor do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT).

Fonte: Manoel Santos Neto

Chegou a hora da decisão. Neste domingo (29), cerca de 700 mil eleitores deverão voltar às urnas para eleger o sucessor do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), em São Luís. Este pleito será o duelo final entre os candidatos Eduardo Braide (Podemos) e Duarte Júnior (Republicanos).

Por ser a única cidade do Maranhão com mais de 200 mil eleitores – conforme prevê a legislação eleitoral, São Luís terá este segundo turno relativo às eleições 2020, que será disputado entre Braide, que obteve 193.578 votos (37,81%), e Duarte, com 113.430 (22,15%).

Em São Luís, no primeiro turno, foram 146.455 abstenções (20,92% do total do eleitorado), 16.683 votos brancos e 24.786 votos nulos.

É importante lembrar que, nas eleições de 15 de novembro, dez candidatos disputaram a Prefeitura de São Luís: o deputado federal Eduardo Braide (Podemos), os deputados estaduais Duarte Júnior (Republicanos) e Neto Evangelista (DEM), os deputados federais Rubens Júnior (PCdoB) e Bira do Pindaré (PSB), Sílvio Antônio (PRTB), o comunicador Jeisael Marx (Rede), o deputado estadual Dr Yglésio Moysés (Pros), Franklin Douglas (PSOL) e Hertz Dias (PSTU).

Na votação do primeiro turno, Eduardo Braide conquistou 193.578 votos (37,81%) e Duarte Júnior obteve 113.430 votos (22,15%). Neto Evangelista ficou em terceiro lugar com 83.138 votos (16,24%) seguido de Rubens Júnior (54.155 votos -10,58%), Bira do Pindaré (22.024 votos -4,30%), Sílvio Antônio (16.070 votos – 3,14%), Jeisael Marx (14.144 votos – 2,76 votos) e Yglésio Moisés (9.816 votos – 1,92%). Obtiveram menos de 1% Franklin Douglas (3.502 votos – 0,68%) e Hertz Dias (2.173 votos – 0,42%). Abstenção: 20,92%; 146.455 eleitores não votaram. Votos nulos: 24.786 votos (4,48%) e votos em branco: 16.683 votos (3,01%).

Na fase de preparação das convenções partidárias, havia uma enxurrada de pré-candidatos. Mas, com o afunilamento natural do jogo sucessório, saíram do páreo a deputada estadual Detinha (PL) e o deputado estadual Wellington do Curso (PSDB). E, em plena campanha, ocorreram duas renúncias: a do deputado estadual Adriano Sarney (PV) e a do juiz federal aposentado Carlos Madeira (Solidariedade).

Acabou caindo de 14 para 10 o número de postulantes à sucessão do prefeito Edivaldo. Foram eles: Eduardo Braide (Podemos), Duarte Jr (Republicanos), Neto Evangelista (DEM), Bira do Pindaré (PSB), Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Dr Yglésio Moysés (Pros), Jeisael Marx (Rede), Hertz Dias (PSTU), Sílvio Antônio (PRTB) e Franklin Douglas (PSOL).

Não há como negar que a pandemia do novo coronavírus teve forte impacto no calendário eleitoral e teve, também, forte influência no estilo da campanha que foi realizada de forma antes impensável.

A rigor, pode-se dizer que o jogo sucessório na capital maranhense iniciou-se logo no começo de 2019, quando o secretário de Educação do Estado, Felipe Camarão, veio a público pedindo para retirar seu nome das especulações que o colocavam como um dos possíveis candidatos a prefeito de São Luís.

Após a declaração feita por Felipe Camarão, o deputado estadual Neto Evangelista deu a largada. Ele foi o primeiro a anunciar-se como pré-candidato e seu partido, o DEM, reuniu a cúpula nacional em São Luís para celebrar o episódio, inclusive com a presença do presidente nacional da sigla, ACM Neto, atual prefeito de Salvador (BA).

Outra movimentação importante aconteceu no começo de fevereiro passado, quando milhares de pessoas participaram do encontro estadual do Solidariedade Maranhão, liderado pelo secretário estadual de Indústria, Comércio e Energia, Simplício Araújo.

Neste evento, o Solidariedade lançou oficialmente o juiz federal aposentado Carlos Madeira como pré-candidato em São Luís. Logo após o evento do Solidariedade, os presidentes dos comitês do PCdoB em São Luís, o vice-prefeito Júlio Pinheiro; e no Maranhão, Márcio Jerry, anunciaram o nome do deputado federal licenciado e então secretário das Cidades e Desenvolvimento Urbano, Rubens Júnior, como o précandidato do partido.

Para não ficar fora do jogo, o deputado estadual Duarte Jr resolveu sair do PCdoB e filiar-se ao Republicanos, o antigo PRB. A filiação foi oficializada no gabinete do presidente do partido e vice-presidente da Câmara, o deputado federal Marcos Pereira, e de seus novos correligionários, como os deputados federais Celso Russomano, de São Paulo, e Cléber Verde, presidente do partido no Maranhão, entre outros.

O deputado federal Eduardo Braide filiou-se ao Podemos em São Luís, em ato com a presença da presidente do partido, deputada Renata Abreu (SP), e do líder no Senado, Álvaro Dias (PR).

O deputado estadual Dr. Yglésio, por sua vez, deixou o PDT e foi confirmado como pré-candidato pelo Pros. Ao lado do presidente do partido, o deputado federal Gastão Vieira, Yglésio anunciou a sua filiação.

Não há como ignorar, no noticiário político, a movimentação de bastidores que foi feita durante a précampanha pelo deputado federal Bira do Pindaré (PSB), pelo jornalista e professor Franklin Douglas e pelo jornalista e apresentador Jeisael Marx.

Para garantir seu nome no páreo, Jeisael filiou-se ao Rede Sustentabilidade, sigla que tem como um dos seus dirigentes estaduais o cantor Fauzi Beydoun.

No dia 16 de setembro, a convenção do PRTB, realizada no Hotel Abeville, homologou uma candidatura quase que de última hora, que estava passando despercebida pela imprensa. O Apóstolo Silvio Antônio foi confirmado como candidato a prefeito tendo Ana Célia como vice.

Portanto, ao todo, foram 10 os políticos que realizaram campanhas em plena pandemia, e tiveram seus nomes à disposição do eleitor, nas urnas desta eleição para escolha do novo prefeito de São Luís.

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