Maranhão tem 401 denúncias de crimes contra idosos na pandemia

Das 150 apurações feitas, houve o resultado de 39 procedimentos investigativos, entre inquéritos e termos circunstanciados de ocorrência.

Fonte: Luciene Vieira

O Disque 100 teve 401 registros de denúncias de crimes contra idosos durante a pandemia do coronavírus, no Maranhão, entre os meses de maio, junho e julho de 2020. Porém, apenas 150 foram apuradas pela Delegacia de Proteção ao Idoso (DPI). A informação foi repassada pela delegada Igliana Azulay, nessa sexta-feira (4), na seda da DPI, localizada na Avenida Beira-Mar.

Ainda ontem, segundo a delegada, estava sendo finalizada a Operação Vetus em todo o Brasil, que foi articulada pelo Ministério da Justiça. “A Operação é algo inédito. Eu trabalho há cinco anos na Delegacia de Proteção ao Idoso, e nunca tinha a experiência de uma ação operacional desta magnitude. A Vetus ocorre em nível nacional, e delegacias de todo o país estão agora dando entrevistas à imprensa para a divulgação dos resultados”, disse Azulay.

A delegada informou que as denúncias partiram de 27 municípios maranhenses, incluindo a capital. A titular da DPI disse que das 401 denúncias, foram apuradas 150, ou seja, a Polícia Civil foi a 150 endereços informados nas denúncias ao Disque 100. As apurações ocorreram nos dois meses que passaram, outubro e novembro de 2020.

Das 150 apurações feitas, houve o resultado de 39 procedimentos investigativos, divididos entre inquéritos e termos circunstanciados de ocorrência. Foram feitas, também, segundo Azulay, 27 medidas protetivas de urgência – são situações em que a vítima não quer representar contra o acusado familiar, mas deseja que haja o afastamento do convívio. Das 27 medidas protetivas, 10 já foram cumpridas.

FALTA ESTRUTURA

A delegada Azulay informou que não existe estrutura adequada na Polícia Civil para que haja a apuração de um número volumoso de denúncias, cujo assunto sejam crimes contra pessoas idosas. Outra informação da titular da DPI é que das 150 denúncias apuradas, houve situações em que os policiais não encontraram os endereços, ou as vítimas, surgindo circunstância em que algumas vítimas já teriam falecido. Não houve prisões.

Algumas das cidades onde ocorreram as apurações da Polícia Civil são: Imperatriz, Caxias, Santa Inês, Timon, Codó, Presidente Dutra, Pinheiro, Rosário, Colinas, São Pedro, Açailândia, São João dos Patos.

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