Vídeo: Grande quantidade de dinheiro é apreendida em escritório de deputado maranhense alvo da PF

Operação Descalabro foi deflagrada com autorização do ministro Lewandowski, que determinou o bloqueio de R$ 6 milhões do parlamentar

Fonte: Redação

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em um dos escritórios do deputado federal Josimar de Maranhãozinho, na manhã desta quarta-feira, 9. Uma grande quantidade de dinheiro foi encontrada em armários, pastas e gavetas do local, mas, até o momento, a PF não informou o valor apreendido. As imagens foram divulgadas durante o programa Bom Dia Brasil, da TV Globo (vídeo abaixo).

A Operação Descalabro foi deflagrada com autorização do ministro Ricardo Lewandowski. Foi autorizado o cumprimento de 27 de mandados de busca e apreensão na cidade de São Luís e no interior do Maranhão, determinando o bloqueio de mais de R$ 6 milhões em patrimônio do parlamentar federal, entre outras medidas.

A Polícia Federal estima que a fraude pode ter gerado prejuízo de R$ 15 milhões aos cofres públicos. Segundo apurado, o deputado teria destinado emendas parlamentares para os municípios do interior do Estado do Maranhão, seu reduto eleitoral.

Informam as autoridades envolvidas nas investigações que os Fundos Municipais de Saúde, ao receberam os recursos, firmaram contratos fictícios com empresas “de fachada”, pertencentes ao parlamentar, “que estão em nome de interpostas pessoas, desviando, assim, o dinheiro público. Posteriormente essas empresas efetuaram saques em espécie e o dinheiro era entregue ao deputado, no seu escritório regional parlamentar em São Luís”.

“Em uma investigação iniciada pela Polícia Federal, quatro meses atrás, conseguiu-se não apenas constatar os desvios, como também acompanhar os saques e realizar o registro de áudio e vídeo da distribuição dos valores no escritório regional do parlamentar”, ressaltam as autoridades. A investigação corre em sigilo perante o Supremo Tribunal Federal.

O trabalho contou com a participação de 98 policiais federais. As penas se somadas podem chegar a 34 anos.
Conforme a PF, o nome da operação foi dado em razão do prejuízo pesado causado aos cofres públicos em plena época de pandemia.

O JP online está tentando ouvir o parlamentar, mas, até o momento, não conseguiu retorno.

Fechar