Totalmente revitalizado, com suas características arquitetônicas originais recuperadas, o Largo de São João foi inaugurado nessa sexta-feira (18), no Centro Histórico de São Luís.
O Largo de São João, que fica em frente à Igreja de São João Batista, localizada entre as ruas da Paz, São João e uma alameda que liga a Rua de São João à das Flores, no Centro, vinha sendo usado de forma irregular como estacionamento nas últimas décadas. Agora é mais uma cartão-postal da capital.
REFORMA
Com a reforma, o Largo de São João recebeu novo piso em granilito, bancos para descanso, novo paisagismo e acessibilidade universal. Foram instalados novos pontos de iluminação em LED, além de refletores com lâmpada em LED voltados para a fachada da igreja. Foi executada reforma da escadaria da edificação bem como a adequação da rampa para garantir o acesso de todos à igreja.
O pavimento tradicional dos trechos das ruas da Paz, São João e uma alameda que liga a Rua de São João à das Flores que contornam o largo foram recuperados com a retirada da camada asfáltica e a colocação de paralelepípedos.
Durante o processo, parte dos antigos trilhos que serviam para a passagem dos bondes na Rua da Paz foi encontrado. Para preservar a memória histórica do espaço o trilho foi mantido assim como ocorreu na Avenida Magalhães de Almeida quando da reforma do Largo do Carmo, Praça João Lisboa, Rua de Nazaré e entorno.
Para evitar que o Largo de São João volte a ser usado como estacionamento foram colocados balizadores no entorno. Com isso, o largo teve todas as suas características arquitetônicas e usos originais recuperados.
HISTÓRIA
O Largo de São João é um dos espaços mais tradicionais da cidade, mas acabou se tornando um estacionamento irregular de carros no Centro de São Luís, além de ser ocupado pelo comércio informal. Com isso, sua importância histórica ficou praticamente esquecida pela maioria da população.
O Largo de São João é o endereço da quarta igreja mais antiga de São Luís, a Igreja de São João Batista, construída em 1665, sendo conhecida por ter abrigado o túmulo de Joaquim Silvério dos Reis, traidor da Inconfidência Mineira falecido em 1819.