A relação consigo (eu-comigo) merece uma atenção e um olhar. Vivemos em uma era, muita das vezes, ‘selvagem’ em atitudes e comportamentos.
Analise o que acontece em muitas rodas de conversa em família. Se você parar e observar, quando um assunto exposto entra em confronto de ideias, é comum a manifestação de comportamentos disfuncionais como fala alta, atropelada, acelerada, sem a devida atenção para que cada um exponha a sua opinião em harmonia. A necessidade de mostrar um ponto de vista como absoluto e certo leva a um confronto de vozes soltas, criando um clima tenso, com reprovações.
E esses comportamentos, para muitos, são normais. Hábitos que já se tornaram costumeiros e que as pessoas não buscam melhorar, muito menos tratar.
Porém, a negligência de algo que merece extrema importância pode gerar constrangimentos sociais, falas reprováveis que provocam dores na alma e rupturas nas relações, perdas afetivas, agressões físicas, verbais ou morais.
Uma avaliação profissional é importante para auxiliar neste processo e evitar que se expanda para outros ambientes, como o de trabalho, dos relacionamentos afetivos, das amizades…
É preciso ter a consciência de que a fala acelerada, a necessidade de sempre estar na razão, a falta do ouvir o outro e a dificuldade de aceitar uma opinião diferente da sua são sintomas de aceleração mental que podem levar a um estado ou transtorno de ansiedade. Ter a consciência disso é o primeiro grande passo para buscar uma ajuda profissional.
Por trás de uma desconexão do estado de presença há vazios, ausências e dores.
Ignorar este comportamento é ignorar a vida em harmonia, e acreditar que a vida pode ser vivida desta forma não saudável é machucar uma parte muito importante de você: a sua integridade com a sua essência, que é leve, fluida e conectada com sua força maior.
Patrícia Bogéa de Matos
Fisioterapeuta
Esp. Microfisioterapia, Leitura Biológica, Terapia Manual, Terapia Crânio Sacral e Psych-k