Mesmo autuado em flagrante, médico suspeito de estuprar enfermeira é solto durante audiência de custódia

Secretaria de Saúde afastou o militar da unidade de saúde onde ele trabalhava.

Fonte: Aidê Rocha

Um capitão da Polícia Militar foi preso em flagrante, na madrugada de domingo (10), suspeito de estuprar uma técnica de enfermagem, no Hospital Genésio Rêgo, no bairro da Vila Palmeira, em São Luís. O militar, que também trabalha como médico no local, foi identificado como Allan Xavier Dias, de 35 anos.

De acordo com informações repassadas pela própria vítima, durante depoimento, ela estava dormindo na sala de repouso da unidade de saúde, que é um lugar destinado para descanso dos profissionais, quando acordou sem a sua parte debaixo das roupas e com o médico já em cima dela.

A delegada Kazumi Tanaka, coordenadora das Delegacias das Mulheres no estado, relatou que a técnica de enfermagem começou a chorar, abandonou o plantão e comunicou a situação para a enfermeira que estava de serviço com ela. Em seguida, a vítima procurou a Casa da Mulher Brasileira, no Jaracati, onde denunciou o crime.

O capitão, que é lotado no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar (Cfap), foi preso ainda no hospital e, depois de autuado pela delegada plantonista, levado ao presídio do Comando Geral da Polícia Militar, no bairro do Calhau. Ele negou o estupro e disse que teve consentimento da vítima.

A técnica de enfermagem foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para realização dos exames necessários e também está recebendo acompanhamento psicossocial.

LIBERADO PELA JUSTIÇA E AFASTADO DO HOSPITAL

Segundo nota divulgada pelo Comando da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), todas as medidas legais foram tomadas, incluindo a autuação em flagrante do oficial. No entanto, na audiência de custódia, o acusado obteve liberdade provisória concedida pela Justiça.

A instituição também se disse contrária a quaisquer atitudes que não harmonizam com os princípios e valores que norteiam a corporação.

Já a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que o médico foi imediatamente afastado de suas atividades e que, desde o momento da denúncia, a direção da unidade hospitalar deu toda assistência à vítima, bem como colocou à disposição apoio psicológico para acompanhamento da profissional de saúde

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