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Iniciativa privada vai contribuir com programa de desenvolvimento do Centro Espacial de Alcântara

A inclusão das entidades empresariais e do poder público na construção do PDI/CEA foi um dos pleitos do Grupo “Pensar o Maranhão”.

Fonte: Redação/Assessoria

O Programa de Desenvolvimento Integrado para o Centro Espacial de Alcântara (PDI/CEA), cuja proposta é nortear a viabilização do centro espacial e os caminhos para atingir essa meta, via projetos e ações direcionadas ao desenvolvimento social, econômico e de infraestrutura da região, foi discutido nessa quinta-feira (21), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), em São Luís.

Com a presença do diretor de Governança do Setor Espacial da Agência Espacial Brasileira (AEB), Cristiano Trein; e do diretor do Ministério de Ciência, Tecnologias e Inovações (MCTI), Eduardo Soriano Lousada, além da participação remota do presidente da AEB, Carlos Moura, o encontro, provocado pelo Grupo de Trabalho da Fiema, “Pensar o Maranhão”, reuniu a iniciativa privada maranhense, entidades de classe e representantes do governo para alinhar a contribuição desses atores na construção do programa.

A inclusão das entidades empresariais e do poder público maranhense na construção do PDI/CEA foi um dos pleitos do Grupo de Trabalho da Fiema, “Pensar o Maranhão”. A proposta deve integrar estratégias para que o Centro Espacial de Alcântara de fato se viabilize e venha a funcionar, o que implica em investimentos para a melhoria da infraestrutura da cidade e da região, em termos de transporte de pessoas e cargas, educação, com escolas e cursos profissionalizantes, hospitais, internet e telefonia, etc.

Iniciativa privada e representantes do poder público participaram de reunião da Fiema (Foto: Divulgação)

“É muito importante a construção coletiva desse plano, para que as necessidades locais e também as do país sejam atendidas. O programa é de escala nacional, e está sendo sediado aqui no Maranhão, na área de Alcântara, onde temos um centro espacial bem localizado, com muitas potencialidades. E essa construção conjunta é fundamental, porque é muito difícil fazê-lo, lá de Brasília, nós fazermos essa construção. Precisamos da indústria, do comércio, precisamos de todas as instituições do Maranhão para nos ajudar a construir, para que seja possível fazer um projeto que atenda às necessidades do setor espacial brasileiro, mas também desenvolva a região geoeconômica de Alcântara”, ressaltou o diretor do MCTI, Eduardo Soriano, durante a reunião.

Para Cristiano Trein, da Agência Espacial Brasileira, a vinda ao Maranhão coroa o início da próxima fase do trabalho do centro espacial, que visa, em 2021, viabilizar o lançamento de satélites e foguetes por Alcântara. “A nossa vinda a São Luís vai incluir de maneira protagonista, os nossos colegas, as entidades e instituições, aqui do Maranhão, de São Luís e de Alcântara, para pensar juntos como o Programa Espacial Brasileiro vai ser conduzido de maneira a estabelecer capacidades espaciais do Brasil, mas também em redundar benefícios para toda a região. O programa deve ser tratado como um vetor de desenvolvimento regional para o país inteiro. As atividades e tecnologias espaciais permeiam todas as políticas públicas nas suas entregas à sociedade. Mas também ela deve incluir a sociedade, em todos os seus níveis, na sua consecução”, afirmou.

NOVA ERA ESPACIAL

A reunião foi conduzida pelo presidente da Fiema, Edilson Baldez das Neves, que afirmou que dentro do GT, criado pela entidade, o Centro Espacial de Alcântara é um dos temas prioritários e envolve instituições como Sebrae, Ufma,Uema, AEB, Sepe, GPM, Acib, ESG, entre outras.

“Esse grupo de trabalho da AEB e do MCTI esteve reunido com a gente e está realizando esse planejamento, que é necessário e indispensável para que Alcântara seja desenvolvida. E hoje, foi tratado especialmente da participação da comunidade maranhense nesse projeto, desde o governo do Estado, governo municipal de São Luís e de Alcântara, além das entidades empresariais, e todos os demais segmentos que tem a ver com esse grande projeto”, ressaltou.

O coordenador do GT “Pensar o Maranhão” e diretor da Fiema, Luiz Fernando Renner, lembrou que a participação efetiva na construção do programa foi um dos pleitos do grupo de trabalho da Fiema. “Hoje (ontem), a AEB nos disponibilizou a proposta do programa, ainda é um esboço daquilo que será o projeto final, e que poderá receber contribuições da comunidade, sobretudo empresarial e do governo, para incluir algumas questões que não estão previstas ou sugerir exclusões, sempre visando transferir para o governo federal a experiência que nós temos como habitantes dessa região, como conhecedores de todos os seus problemas e suas possibilidades. É uma oportunidade ímpar que a comunidade maranhense está tendo, de contribuir decisivamente com a montagem de um programa, que pode ser um sucesso, a depender da realidade e das propostas, que precisam ser realizáveis, concretas e possíveis de serem feitas”.

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