Até a sexta-feira (22), a Campanha Municipal de São Luís atingiu a marca de 7.695 mil vacinados contra o coronavírus para frear a pandemia. O número está concentrado no Centro Municipal de Vacinação, localizado no Multicenter Sebrae, no bairro do Cohafuma. São mais de 26 mil doses.
Tão logo a Prefeitura receber as próximas doses da vacina, por meio do governo federal, o atendimento será descentralizado, e a capital passará a ter novos endereços para a imunização.
Em relação aos grupos prioritários da primeira fase da campanha, estão contemplados profissionais da saúde, e idosos das casas de asilo e repouso.
Na manhã de sexta-feira, a equipe de reportagem do Jornal Pequeno esteve no Multicenter Sebrae e verificou o controle na fila de vacinação. De acordo com a coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), Charlene Luso, na parte de fora do Centro de Imunização não tem fila, e, na parte de dentro, as pessoas esperam sentadas em cadeiras posicionadas com distância entre uma e outra.
“Estamos respeitando o distanciamento. Antes que entrem no Centro de Vacinação, é feita a aferição da temperatura, e exigido o uso da máscara. Há, inclusive, um totem com álcool em gel”, informou Charlene Luso.
Segundo a coordenadora de Imunização, os profissionais de saúde precisam apresentar no Centro Municipal de Vacinação o documento “conselho de classe’, além de uma declaração de suas respectivas unidades de saúde, que comprovem a atuação trabalhista naqueles locais.
“Trabalhadores como maqueiros e recepcionistas de hospitais, que não têm conselho de classe, podem trazer apenas a declaração”, frisou Charlene.
Outra informação repassada pela coordenadora é a disponibilidade de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e de um posto de enfermagem. “Como é uma vacina nova, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde, todos os vacinados ficam 30 minutos sentados, com a equipe de enfermagem fazendo avaliação, e somente após este intervalo de meia hora, se estiver tudo certo, é que os imunizados são liberados”, detalhou Charlene.
A coordenadora disse que até o início da manhã de sexta-feira, não havia sido necessário a utilização da ambulância. A imunização, sob responsabilidade do Município, foi iniciada na tarde de terça-feira (19). No início, se tratando dos profissionais de saúde, apenas os que estavam na linha de frente de combate ao coronavírus e aqueles que trabalham nas seções de urgência e emergência poderiam tomar a vacina.
“Estamos acrescentando públicos-alvo. Abrimos hoje (sexta-feira, 22) para profissionais de saúde com idade igual ou superior a 60 anos. Mas não deixamos de atender aos profissionais com idade inferior a essa, que estão na linha de frente do combate a Covid-19”, destacou Charlene.
Ainda na sexta-feira (22), foi iniciada a imunização para profissionais de saúde, com faixa etária a partir dos 60 anos, mesmo que não estejam na linha de frente contra a Covid-19 ou em setores de urgência e emergência das unidades de saúde. A partir desta segunda-feira (25), o Centro Municipal de Vacinação atenderá, também, profissional de saúde com idade a partir dos 40 anos.
“É importante que estes profissionais não tenham nenhum sintoma de gripe. Caso haja sintoma gripal, a recomendação é que a aplicação da vacina seja adiada por quatro semanas. Quem tem alergia a algum dos componentes da vacina, a imunização é contra-indiciada”, informou Charlene.
SETE SEMANAS PARA CONCLUSÃO
A coordenadora de Imunização da Semus informou que São Luís tem o total de 100 mil idosos (a partir dos 60 anos) para serem vacinados. Profissionais de saúde, independente da idade, seriam 47 mil.
Charlene informou que o Ministério da Saúde deu um prazo de sete semanas para que a Prefeitura de São Luís conclua a imunização na capital maranhense.
Charlene ainda destacou que houve dia nesta semana em que duas mil pessoas foram vacinadas contra o coronavírus, no Centro Municipal de Vacinação. Entre a tarde de terça-feira (19) e sexta-feira (22), 7.695 mil pessoas já tinham sido imunizadas. O Centro funciona de segunda-feira ao sábado, pela manhã e tarde.
Maria do Socorro Soares Pereira, de 53 anos, é agente de saúde no Centro de Saúde do São Cristóvão. “Estou na linha de frente, tenho documentos que comprovem isto, então vim me imunizar”, declarou Maria do Socorro.
Ana Célia Brandão, 51, é técnica de saúde bucal em uma unidade de saúde do bairro São Cristóvão. “Eu tive Covid-19 logo no início da pandemia. Como moro com a minha mãe, que é idosa, vim me vacinar, no sentido de diminuir os riscos de contágio, evitar ser reinfectada e por minha mãe numa situação de vulnerabilidade”, disse Ana Célia.