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Motoristas de vans farão protestos contra precariedade da BR-222

Um dos líderes do movimento afirmou que bloqueio só chegará ao fim após o DNIT apresentar uma solução para o problema.

Fonte: Aquiles Emir

Motoristas que fazem transporte alternativo de passageiros pela BR-222 vão bloquear a pista na manhã desta quinta-feira (28), entre o povoado de Acoque (Vitória do Mearim) e a cidade de Igarapé do Meio, como protesto pelas precárias condições de trafegabilidade na rodovia.

Segundo o motorista Jocivaldo Barbosa, o JC, o protesto não tem hora para acabar e vai depender da disposição dos dirigentes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para apresentar uma solução ao problema.

Jocivaldo aconselha quem se utiliza da estrada a buscar outras vias a fim de evitar desconforto e atraso nos seus compromissos, pois, como adverte, ninguém trafegará até que seja dada uma posição oficial para o fim dos problemas.

A BR 222 é uma das mais movimentadas do Maranhão. Trata-se de uma das vias para ligação de São Luís com Belém (PA) e Brasília (DF) – já que faz conexão com outras rodovias federais – e o trecho mais prejudicado é entre Miranda do Norte e Santa Inês, estando neste trecho as cidades de Arari, Vitória do Mearim e Igarapé do Meio.

Ela serve ainda como escoadouro para quem viaja para a Baixada ou vem da região do Parnaíba em direção às regiões Norte e Centro-Oeste, sendo opção para passageiros de Imperatriz, Açailândia, Santa Luzia, Zé Doca, Bom Jardim, Governador Nunes Freire, Santa Luzia do Paruá e outras que estão entre as três capitais.

Segundo JC, desde 2019 a rodovia encontra-se em estado precário, mas a situação se agravou ano passado e o Ministério do Transporte se comprometeu a consertá-la, porém nada de concreto foi feito. “Como a situação chegou a um ponto de quase impossibilidade de passagem dos veículos, não resta outra alternativa a não ser interditá-la”, argumenta o motorista.

Jocivaldo diz que infelizmente muitas pessoas que não têm nada a ver com o problema vão ser prejudicadas, pois a intenção é paralisar o tráfego 100%, não sendo permitida a passagem nem mesmo de ambulâncias ou viaturas policiais, assim como ônibus de passageiros e caminhões com mercadorias. Para ele, esta é a única maneira de fazer com que as autoridades entendam a gravidade do problema e agendem uma solução.

Ele disse que no segundo semestre de 2019 alguns serviços chegaram a ser feitos, porém de “péssima qualidade, tanto que não existe mais nem sinal de recuperação”. JC ressalta que não há motivação política nessa manifestação, e que a reivindicação não atende apenas os motoristas de vans, mas todos que se utilizam da rodovia. “Alguma coisa precisa ser feita, antes que os moradores dos lugares que dela dependem fiquem em total isolamento”.

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