O último domingo de janeiro é dedicado ao Dia Mundial da Luta Contra a Hanseníase. A data foi criada para mobilizar a sociedade em torno da doença que, antigamente, era conhecida como lepra. Diversas ações de conscientização são realizadas pelo país e marcam a campanha do Janeiro Roxo, no qual chama-se atenção para os sinais e sintomas da hanseníase, alertando para a importância do diagnóstico precoce a fim de evitar sequelas graves.
O Hospital de Traumatologia e Ortopedia do Maranhão (HTO) vai além das suas especialidades clínicas e se faz presente em todas as campanhas sociais, incluindo o Janeiro Roxo. Por meio de palestras e mobilização interna, a unidade trabalhou a conscientização de funcionários e pacientes em relação à existência da hanseníase, assim como a sua prevenção.
A hanseníase tem cura e tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Durante 12 meses, o paciente diagnosticado precisa tomar três tipos de antibióticos, fornecidos gratuitamente, e manter acompanhamento mensal. O maior entrave para a eliminação da doença está na dificuldade de identificá-la.
As fitinhas roxas se propagaram no HTO para mobilizar e conscientizar as pessoas em relação à doença, pois o Brasil é o segundo país com o maior número de casos no mundo, atrás somente da Índia. Segundo dados do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2018 foram detectados 28.660 novos casos no território brasileiro, dentre estes, 1705 casos em menores de 15 anos de idade. Em 2018, o Paraná registrou 550 novos casos, de acordo com números da Coordenadoria Estadual de Hanseníase.