Carro automático usado: veja cinco sedãs que custam menos de R$ 60 mil

O câmbio manual já não tem tanta importância em um segmento que prioriza o conforto.

Fonte: Julio Cabral

Associado antigamente aos sedãs, o câmbio automático cada vez mais está na maioria dos carros do tipo. Há várias opções de usados a diferentes preços. Escolhemos modelos de 2014 em diante para mostrar cinco boas opções de carros usados automáticos. Tem de sedã compacto a médio mais requintado.

Há alguns carros que ficaram de fora. Um deles foi o Volkswagen Virtus, que tem pouca oferta abaixo do valor limite, mas que pode ser uma grande escolha caso você vença o problema do preço.

Não custa nada reforçar: fique atento a defeitos no câmbio. Marchas que não passam (não é o caso dos CVT), trepidação e outros ruídos são indicativos de algum problema. Dê uma olhada no manual, veja se as revisões foram cumpridas e se há algum vazamento. O reparo pode sair caro.

Chevrolet Prisma

O Chevrolet Prisma facelift tem um conjunto melhor do que o antigo — Foto: Divulgação

Você pode encontrar um bom carro por preços entre R$ 30 mil e R$ 40 mil, mas os modelos pós-facelift (2016 em diante) são vendidos a partir de R$ 45 mil. Há uma diferença de desempenho entre eles. Os mais novos têm ajuste diferente do motor 1.4 (106/98 cv e 13,9/13 kgfm) e câmbio, o que deu mais agilidade: 0 a 100 km/h em 11,3 segundos, contra 12,6 s dos primeiros modelos.

A caixa faz trocas que poderiam ser mais suaves, porém são prejudicadas pelo torque em alta do propulsor. Nada que incomode, uma vez que as reações são ágeis. Trocas de óleo são previstas por quilometragem. O consumo médio de 9,1 km/l de etanol poderia ser menor.

O ajuste dinâmico é mais acertado nos carros já reformados, com destaque para direção de assistência elétrica (mais macia) e suspensão mais baixa. O conforto de rodagem poderia ser melhor para quem vai no banco traseiro. Falando nele, o espaço para cabeças é melhor do que para as pernas. A despeito disso, quatro adultos vão bem. O porta-malas é bem maior do que o do hatch (500 litros, face 280 l). Escolha o LTZ 1.4, mais completo e equipado com MyLink e OnStar.

Honda Civic

O Honda Civic LXR de geração anterior é uma boa pedida, mas o EXR é mais completo — Foto: Divulgação

É fácil encontrar a geração anterior do Civic sendo vendida entre R$ 40 mil e R$ 50 mil. Alguns deles são até pós-facelift, uma reforma que tirou o ar careta da dianteira do original. O Honda pode ser equipado com motores 1.8 ou 2.0, sempre com câmbio automático de cinco marchas.

O 1.8 entrega 140/139 cv e 17,7/17,5 kgfm de torque. A caixa pode dever uma marcha extra para a estrada, porém não deixa de entregar desempenho. O Civic básico faz o 0 a 100 km/h em 10,5 s e consome 10,2 km/l de média. O 2.0 leva a melhor na pista. Os 155/150 cv e 19,5/19,3 kgfm de torque o levam aos 100 km/h em 9,9 s, contudo paga seus pecados no consumo: 8,7 km/l de média. O lado ótimo é o ajuste dinâmico afinadíssimo. O Honda é para aqueles que gostam de dirigir.

Uma vantagem do motor maior é poder pegar uma versão superior. O EXR é uma raridade nessa faixa, mas vale ser buscado por oferecer de série ar-condicionado digital, seis airbags, bancos de couro, teto solar e central multimídia, além do controle de estabilidade. Mas se prepare para pagar algo em torno de R$ 55 mil.

Honda City

Embora seja meio tímido no mercado de novos, o Honda City continua a ser uma boa opção no segmento de sedãs automáticos usados. Em sua grande parte, os modelos são oferecidos com preços que vão de R$ 45 mil a R$ 50 mil na versão LXR. Fique atento aos fluídos e prazo de troca.

O motor 1.5 tem 116/115 cv e 15,3/15,2 kgfm, associado ao câmbio automático do tipo CVT. O desempenho fica para trás do HB20S. São necessários 11,2 segundos para partir do zero e chegar a 100 km/h. Nem por isso o câmbio pode ser considerada lento. Basta você se acostumar ao estilo de direção sem passagens de marcha e ser recompensado com uma bela economia de combustível. A média chega a 10,2 km/l de etanol.

O espaço interno é beneficiado pelo assoalho traseiro plano e pelos 2,60 metros de entre-eixos. O City mais parece um Civic nesse quesito. De quebra, leva ainda 536 litros. O conforto diário é bom. A suspensão é um pouco mais macia que a do Fit, compacto com o qual o City divide plataforma.

Hyundai HB20S

Hyundai HB20S Premium 1.6 de geração anterior — Foto: Divulgação

Tal como o hatch, o Hyundai HB20S também é uma boa opção de carro automático usado. O motor 1.6 de 128/122 cv e 16,5/16 kgfm é casado com uma caixa de seis marchas nos modelos pós-facelift de “primeira” geração. Fique com os exemplares após 2016. Os preços variam entre R$ 40 mil e R$ 50 mil. Confira o histórico do carro, pois a transmissão exige troca de óleo.

A arrancada de zero a 100 km/h leva bons 10,4 segundos e o consumo médio é de 10 km/l de etanol. O conforto melhorou no HB20S reestilizado. A suspensão foi modificada e já não dá baques secos como era no primeiro. Especialmente importante em um sedã, o espaço para pernas é um pouco limitado. O porta-malas é um pouco melhor: 450 litros.

A versão Premium traz bancos de couro e airbags laterais. E nem sempre está com preço muito diferente das demais configurações.

Toyota Corolla

Toyota Corolla (Foto: Divulgação)

O Toyota Corolla joga na fatia superior de preço. A explicação está no fato dos carros indicados serem da geração imediatamente anterior, modelos de 2015 para cá. Você pode encontrar um deles por algo entre R$ 53 mil e R$ 60 mil. A esmagadora maioria dos sedãs é da versão GLi 1.8, mas pode-se achar também alguns XEi 2.0. Batalhe por eles.

O GLi é esperto o suficiente. O seu 1.8 rende 144/139 cv e 18,3 kgfm/17,7 km/l. Já o 2.0 entrega 154/143 cv e 20,3/19,4 kgfm. Vai de zero a 100 km/h em ótimos 9,4 segundos e faz 9,1 km/l. O 2.0 faz o mesmo em 9,5 s, quase o mesmo desempenho do motor menor. E o consumo? Exatamente igual. A caixa CVT ajuda tanto na agilidade quanto na sede — mas confira o prazo de troca de óleo por quilometragem. As reações são ágeis em ambos, muda apenas a sensação de agilidade maior do propulsor 2.0, uma vez que o torque tem uma boa diferença.

O entre-eixos de 2,70 metros permite levar três adultos atrás com relativa folga. Já o porta-malas poderia ter mais do que os seus 470 litros, embora o volume seja suficiente para uma família completa. A vivência no dia a dia é suave e o ajuste garante ainda comportamento neutro e agradável.

A vantagem do XEi está no pacote de itens de série. Há ar-condicionado digital de uma zona, multimídia, câmera de ré e airbags frontais e laterais dianteiros. Contudo, o controle de estabilidade só foi acrescentado no facelift de 2017.

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