2020 foi marcado pela queda dos juros dos financiamentos de imóveis para o menor patamar histórico. A taxa, que era em média de 11% ao ano em 2017, atualmente é em média de 6,99%, o que provocou uma corrida por crédito para a compra da casa própria.
Para ajudar quem quer aproveitar a oportunidade para adquirir um imóvel, a Melhortaxa – uma plataforma digital de crédito imobiliário – montou uma simulação para apontar quanto é preciso dar de entrada para financiar imóveis em três faixas de preço: 400 mil reais, 750 mil reais e 1 milhão de reais. A tabela também mostra os valores das parcelas e a renda mínima familiar necessária, bem como o tempo médio para juntar o valor.
Quem já tem uma poupança equivalente a 20% do valor do imóvel, além de uma reserva de emergência e uma renda familiar a partir de 9.000 consegue dar entrada em um imóvel de 400 mil reais pagando uma parcela inicial em torno de 2.800 reais.
Já no caso de um imóvel que vale 750 mil reais, a renda mínima necessária gira em torno de 17.400 reais, com a primeira parcela em 5.200 reais.
Por fim, no caso de um imóvel de 1 milhão de reais, a família deve ganhar pelo menos 23.000 reais e pagar uma mensalidade de aproximadamente 7.000 reais. Esses são valores estimados para financiamentos de 360 meses com juros de 7% mais TR (taxa referencial).
A entrada necessária equivale a 80 mil reais para um imóvel à venda por 400 mil reais; 150 mil reais para um de 750 mil reais; 200 mil reais para outro de 1 milhão de reais.
Como o crédito imobiliário ficou mais acessível, muitas vezes a parcela mensal paga ao banco acaba sendo menor que o custo do aluguel, destaca Paulo Chebat.
Tempo médio para juntar os valores
Você não tem uma reserva de emergência e quer começar a juntar dinheiro para dar a entrada no financiamento? Independentemente do preço do bem, leva-se em média de dois a três anos para conseguir acumular a quantia de 20% de entrada sobre o valor do imóvel, calcula Rafael Sasso.
Uma das regras listadas por planejadores financeiros é poupar mensalmente 20% do salário ou mais, se possível. As opções de investimento variam conforme o perfil.
Para quem não tem dívidas, é recomendável poupar o décimo-terceiro salário e o adicional de férias por dois anos consecutivos. Também é necessário colocar na ponta do lápis as despesas pessoais, como a locação da moradia atual.
Pressão nos preços em 2021
E para quem já tem o valor da entrada? O conselho, nesse cenário, é não esperar demais, pois a expectativa é a de que a procura pela casa própria siga crescendo em 2021, o que deve elevar (mais) o preço dos imóveis.