As fortes chuvas que caíram na zona rural de São Luís, nas últimas semanas,provocaram o aumento da cratera existente na esquina das ruas Rio Gurupi e Rio Paranã, no Residencial Ribeira – na região do Maracanã. Moradores disseram que a erosão apresenta perigo de deslizamento. A superfície rente ao buraco está tomada pelo mato e escorregadia, devido à umidade provocada pelas cargas d’água.
De acordo com o morador Max Saraiva Boais, foi construído um bueiro no local, mas que a obra não resistiu à vazão da água. “Minha casa fica embaixo, se houver um deslizamento, o imóvel que eu e minha família moramos pode ser afetado. Já tirei parte do mato, e de sujeira que tinha por aqui próximo, para que a água possa seguir o curso, sem afetar minha residência”, informou.
No dia 15 de junho de 2018, a reportagem do Jornal Pequeno esteve no Residencial Ribeira pela primeira vez para denunciar a existência do buraco entre as ruas Rio Gurupi e Rio Paranã.
À época, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação (Semurh), por meio de nota, informou que a Superintendência de Habitação, responsável pelo programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, em São Luís, estava ciente da situação e que teria acionado os órgãos responsáveis pelas demandas, solicitando urgência na solução do problema.
Em outra reportagem deste jornal, sobre a cratera do Residencial Ribeira, desta vez em 2019, a Caixa Econômica Federal, banco responsável pelo Minha Casa, Minha Vida, informou ao JP que as obras de recuperação da infraestrutura são de responsabilidade das construtoras, mas não disse quais eram as empresas. Acontece que, se houve ações corretivas pelas construtoras no local, elas não evitaram os impactos no Residencial Ribeira, neste período chuvoso.
Ainda em 2018, chegou a ser feito um serviço com uma escavadeira hidráulica, no sentido de uniformizar o barro do abismo. O buraco foi preenchido com piçarra e compactado. Porém, há dois dois, o problema não tinha sido resolvido por completo.
Em 2019, a reposição da camada asfáltica permanecia sem ter sido feita. Naquela época, sem o asfalto, o chão já estava verde pelo mato que nasceu e cresceu na mistura da areia, pedras e terra, colocada para tapar a cratera. Atualmente, o resultado tem sido o aumento da cratera, a cada chuva na região.