Uma briga de condomínio terminou em morte no Rio de janeiro, e os suspeitos do assassinato — a síndica e o amante dela, funcionário do edifício de luxo, na Barra da Tijuca — foram presos nesta terça-feira (16).
Uma câmera de segurança registrou o crime, na manhã do dia 1º de fevereiro, e a polícia inicialmente tratava como um latrocínio
Mas a 27ª DP (Vicente de Carvalho) concluiu que o empresário Carlos Eduardo Monttechiari acabou morto porque acusou a síndica, Priscilla de Oliveira, de ter desviado dinheiro do London Green Park.
Carlos Eduardo, que já tinha sido síndico do condomínio e era opositor de Priscilla, tinha marcado para 5 de fevereiro uma assembleia a fim de apresentar um dossiê com provas contra a gestora.
Roubo quase milionário
“A vítima descobriu, com notas fiscais falsas ou fantasmas, que estavam sendo desviados mais de R$ 800 mil do orçamento do condomínio”, explicou o delegado Renato Carvalho.
Quatro dias antes da reunião, porém, o empresário foi baleado. Ele estava dentro do carro, na frente do terreno que alugava, na Vila Kosmos, na Zona Norte, quando um homem o abordou e atirou.
Atingido no tórax e no abdômen, Carlos chegou a ser hospitalizado, mas morreu no dia seguinte.
A polícia afirma que o autor dos disparos é Leonardo Lima, supervisor contratado do London Green Park, casado e amante de Priscilla.
Amassado no carro levou ao autor
Nas imagens do crime, os investigadores perceberam que o carro de onde o assassino desceu tinha um amassado na lataria. Após rastreá-lo, descobriram que o automóvel estava no nome da mulher de Leonardo.
“Esse veículo foi vinculado a um funcionário que tinha um caso extraconjugal com a síndica”, emendou o delegado.
Testemunhas disseram que Leonardo tentou modificar o veículo: colocou rodas novas e tirou adesivos. Mas o amassado na lateral permanecia.
Ao receber voz de prisão nesta terça, Leonardo tentou fugir, mas acabou capturado na Avenida das Américas. Ele estava com o mesmo carro usado no dia do crime.
Leonardo e Priscilla não tinham antecedentes criminais. Eles vão ficar presos temporariamente por 30 dias até que a polícia conclua as investigações do homicídio.
A Polícia Civil ainda investiga quem é o motorista que ajudou o assassino a fugir.
O que dizem os envolvidos
Norley Thomaz Lauand, advogado de Priscilla de Oliveira, afirmou que a cliente “em momento algum desejou a morte da vítima”.
“Com certeza vai ficar concluído que ela não tem participação alguma. Foi uma atitude isolada do Leonardo, se, por ventura, ele cometeu, mas ela não contribuiu para isso”, disse.
A TV Globo não conseguiu contato com a defesa de Leonardo Lima.