Há 89 anos, nordestina registrava primeiro voto feminino no Brasil

A professora Celina Guimarães Viana teve registro aprovado para votar em uma eleição municipal de Mossoró, antes do sufrágio feminino no Brasil.

Fonte: Com informações da Revista Galileu

Aos 29 anos de idade, a professora nordestina Celina Guimarães Viana teve seu registro aprovado para votar em uma eleição municipal de Mossoró (RN) em 1928, antes do sufrágio feminino no Brasil.

Natural do Rio Grande do Norte, Celina dirigiu-se a um cartório de Mossoró e pediu para ingressar na lista dos eleitores, baseando-se na constituição estadual do seu Estado. Os potiguares foram os primeiros entre todos os brasileiros a regulamentar o sistema eleitoral sem “distinção de sexo”.

Fotografia de Celina Guimarães Viana (Foto: Reprodução)

O movimento pela sufrágio feminino começou no final do século 19, na Nova Zelândia, primeiro país a garantir o direito das mulheres ao voto. Aqui no Brasil, a permissão para que as mulheres pudessem exercer seus direitos como eleitoras demorou a chegar. Foi somente no ano de 1932, por meio de um decreto do então presidente Getúlio Vargas, que as brasileiras puderam depositar suas opiniões nas urnas. Em 1934, o exercício passou a ser um dever.

Mas muito antes de Vargas autorizar a presença feminina nas votações do país, uma mulher de Natal solicitou seu registro para participar da eleição municipal de Mossoró (RN), em 1928. Ela era Celina Guimarães Viana, uma jovem professora.

Aos 29 anos, Celina dirigiu-se a um cartório de Mossoró e pediu para ingressar na lista dos eleitores, baseando-se na constituição estadual do Rio Grande do Norte. O estado potiguar foi o primeiro de todos a regulamentar o sistema eleitoral sem “distinção de sexo”.

A professora Celina Guimarães Viana teve registro aprovado para votar em uma eleição municipal de Mossoró, antes do sufrágio feminino no Brasil (Foto: Reprodução)

O pedido de Celina incentivou outras mulheres a fazerem o mesmo, e muitas delas computaram seus votos nas eleições de 5 de abril de 1928.

Quem não gostou nada disso foi a Comissão de Poderes do Senado. O órgão decidiu invalidar o voto das mulheres. Mesmo assim, a ação de Celina teve impacto em outras mulheres e sua iniciativa deu forças para que a lei fosse aprovada quatro anos mais tarde.

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