Funcionários da Santa Casa voltam a protestar contra atraso de benefícios salariais

A manifestação ocorreu de forma pacífica, na porta do hospital, localizado no Centro de São Luís.

Fonte: Luciene Vieira

Enfermeiros e técnicos de enfermagem, porteiros, colaboradores do setor de nutrição e o pessoal de serviços gerais, além de outros profissionais da Santa Casa de Misericórdia do Maranhão, voltaram a protestar ontem (6), para cobrar o pagamento de seus salários e dos vales-transportes. O hospital está localizado na Rua do Norte, no centro de São Luís.

A direção da unidade médica informou que há atraso de repasse mensal do Sistema Único de Saúde (SUS), que é feito pela Prefeitura de São Luís. Os manifestantes disseram que os salários referentes aos últimos três meses ainda não foram pagos. Eles afirmaram, também, que os pagamentos não caem nas datas certas, e que isso se tornou um hábito, de consequências nada agradáveis em suas finanças.

A manifestação foi acompanhada pelo Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem e Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde do Maranhão (Sindsaúde-MA).

A presidente Sindicato Dulce Mary dos Santos informou que o protesto foi apenas uma forma de chamar a atenção da Santa Casa. “São cerca de 300 colaboradores com carteira assinada que estão com os salários atrasados. Isso vai de médico ao cargo de porteiro. O último dinheiro que caiu na conta dessas possas foi o salário de dezembro de 2020, depositado em fevereiro de 2021”, informou.

A presidente do Sindsaúde informou também que há possíveis atrasos nos repassasses das verbas da Santa Casa, por parte da Prefeitura de São Luís. Acontece que o Município recebe do Sistema Único de Saúde o dinheiro destinado ao hospital, e ele deve fazer o repasse.

ETERNOS ATRASOS 

Em agosto de 2020, novamente houve protesto. Na época, o Jornal Pequeno conseguiu conversar por telefone com o diretor da Santa Casa, o médico Abdon Murad. Segundo ele, o dinheiro que mantém o hospital é federal, por meio do SUS, e que essa verba é entregue mensalmente à Secretaria Municipal de Saúde (Semus), responsável por transferi-la para Santa Casa.

“Ocorre que a Secretaria sempre demora a transferir o dinheiro, e eu não sei o porquê”, informou Abdon Murad, em agosto do ano passado.

Segundo a Santa Casa, é o dinheiro do SUS que mantém a instituição aberta, sendo este recurso importante para o pagamento dos salários e vales-transportes dos funcionários.

Ontem, a reportagem do JP não conseguiu falar com o médico Abdon Murad, a respeito do novo protesto realizados pelos servidores da Santa Casa. Também não houve resposta ao pedido de esclarecimentos feito à Prefeitura de São Luís.

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