Nessa quinta-feira, 8, os bacharéis em Direito Jean Machado, Leonardo Arruda, Luís Felipe Castro e Matheus Cortez estiveram reunidos, na sede da OAB Maranhão, para dialogar com o presidente Thiago Diaz. Na ocasião, reivindicaram, por meio de um manifesto, que a entidade busque alternativas para que o Exame da Ordem seja imediatamente aplicado.
Segundo os bacharéis, “só assim será estancado os irreparáveis prejuízos sofridos há mais de um ano, desde o início da pandemia”, e, então, poderão exercer a profissão.
Leia a na íntegra o manifesto dos bacharéis:
“A pandemia, sem dúvidas, deixará profundas cicatrizes em toda a sociedade. Muitas perdas, fome e desesperança: demoraremos a retomar a vida em sua inteira normalidade. Vivemos uma época marcada, em nome da saúde, pelo cerceamento de direitos fundamentais, a exemplo do livre exercício de algumas profissões. A própria advocacia sentiu muito, e precisou imediatamente se adaptar ao novo formato de trabalho recomendado pela ciência e seguido por grande parte das autoridades governamentais.
Não só a advocacia, mas todos os membros das demais atividades também tiveram que se reinventar para garantir os seus proventos. As escolas adotaram o sistema on-line; os restaurantes, o delivery; os artistas, as lives; o vendedor, as promoções; os advogados, as audiências virtuais; entre outros. Exclui-se deste rol de trabalhadores, apenas, os Bacharéis em Direito.
Estamos impossibilitados, há mais de 1(um) ano, de prestar o Exame que nos permitirá – uma vez aprovados – exercer a tão sonhada profissão. Mesmo após um significativo investimento financeiro e de tempo, a sensação que nos sobra é a de impotência.
Sabe-se que o momento é de muita cautela e que toda e qualquer aglomeração deve ser descartada. Acontece, senhor presidente, que assim como foi viável a realização do ENEM, entendemos também ser possível a aplicação do Exame da Ordem. Mesmo que julguem o formato presencial inoportuno para o momento, tem-se, à exaustão, vários casos bem sucedidos de avaliações on-line.
Para ilustrar, vale lembrar que o Conselho Federal de Contabilidade também exige uma prova de suficiência semelhante à da OAB. Porém, diferentemente da nossa realidade, os colegas Bacharéis em Contabilidade – mesmo em meio à pior crise dos últimos 100 anos – estão conseguindo prestar as suas provas, sem ter as suas vidas atrasadas.
Portanto, considerando se tratar os fatos acima narrados um grave cerceamento ao livre exercício de atividade econômica, rogamos à Vossa Senhoria que este pleito seja endossado pela OAB Maranhão e remetido à OAB Nacional para que sejam buscadas alternativas que evitem o prolongamento desta onerosa espera, que só terá fim com a imediata retomada dos Exames da Ordem.
É por acreditar nesta indispensável Instituição que goza de muita credibilidade e que sempre lutou pela defesa dos direitos da sociedade brasileira, que confiamos no acolhimento deste legítimo manifesto.”