Maranhão abre mais de 13 mil novas empresas no primeiro trimestre de 2021

Média de 148 negócios são formalizados por dia no estado, por meio do site da Junta Comercial.

Fonte: Luciene Vieira

Nos primeiros 90 dias de 2021, em meio à pandemia do novo coronavírus, o Maranhão gerou uma explosão empreendedora, por vocação e necessidade. A Junta Comercial do Maranhão (Jucema), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Energia (Seinc), informou que 13.375 negócios foram abertos no estado, entre o dia 1º de janeiro e 31 de março.

Segundo a Jucema, o número de CNPJs criados foi maior em 24%, em relação ao mesmo período de 2020, quando houve 10.774 registros.

São pessoas entre 21 a 40 anos, cerca de 52% homens e 48% mulheres. Muitos perderam o emprego na crise gerada pela pandemia do novo coronavírus; e outros, segundo o presidente da Jucema, Sérgio Sombra, já buscavam na atividade empreendedora uma alternativa de renda.

“O desemprego está levando as pessoas a se tornarem empresárias. O empreendedorismo se torna, portanto, uma saída. E, não tendo outra possibilidade de renda, os maranhenses abriram as suas empresas. Mas, há quem sempre quis ser dono do próprio negócio; uma pesquisa do Sebrae diz que este público são 50% dos brasileiros”, informou Sérgio Sombra.

A maior parte dos novos negócios, em São Luís, se concentra em bairros periféricos, com destaque para Cidade Operária e Anjo da Guarda. Das 13.376 novas formalizações, 90% são micro e pequenas empresas. Por setores, o comércio teve 5.954 novos negócios, serviço 5.346, indústria 930, construção civil 734, e agropecuária 86.

O comércio de vestuário, saúde e alimentos despontam o ranking dos novos CNPJs. No ranking por cidade, São Luís lidera com 4.507 novos negócios; Imperatriz, 1.198; São José de Ribamar, 653; Timon 390; e Paço do Lumiar, 331.

DESBUROCRATIZAÇÃO

Para abrir uma empresa, Sérgio Sombra informou que basta o interessado acessar o site Empresa Fácil (www.empresafácil. ma.gov.br). No endereço eletrônico, pode ser feito o processo de abertura do negócio, realizar alterações, e dar baixa de uma empresa.

Sérgio Sombra disse que há também um call center, por onde pode ser feita uma consultoria com profissionais da Jucema. “Estes são meios práticos, que desburocratiza o atendimento. Mas, também atendemos de forma presencial, basta vir ao prédio da Junta Comercial (localizado em frente à Praça João Lisboa, Centro, São Luís)”, destacou.

TAXA ZERO

Taxa Zero é o nome de um programa do governo do Maranhão, por meio da Jucema, para a isenção de taxas na abertura de empresas. A primeira etapa do programa foi realizada no início do segundo semestre de 2020. O objetivo é dinamizar a economia e, em especial, a atividade empreendedora.

Sérgio Sombra informou que a segunda etapa do Taxa Zero é realizada do dia 5 de abril a 4 de junho, deste ano. As taxas de abertura, na Jucema, variam de R$ 130 a R$ 550.

“Significa custo zero aos empreendedores que formalizarem empresas classificadas como Limitada (Ltda), Empresário Individual por Responsabilidade Limitada (Eireli), Sociedade Anônima (S/A), Empresário Individual (EI) e Sociedade Cooperativa”, disse Sérgio.

O presidente da Jucema informou que a meta é, nestes 60 dias, o estado conseguir mais 2.500 novos negócios registrados.

EMPRESAS QUE FECHARAM

Entre janeiro e março, a Jucema também registrou o fechamento de 3.656 empresas. O saldo entre o total de empresas abertas e empresas fechadas foi positivo somando 9.719 empreendimentos.

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