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Aluno do IEMA com espectro autista é aprovado no IFMA

O feito garante ao jovem uma vaga no curso de Biologia do Instituto Federal do Maranhão.

Fonte: Redação

O estudante Victor D’Luccas, 17 anos, tem espectro autista e foi aprovado no SISU. Um feito que garante a ele uma vaga no curso de Biologia do Instituto Federal do Maranhão (IFMA).

Diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no início da adolescência, foi muito estimulado e conta com o apoio dos pais Suany e Edson D’Luccas, que sempre enxergaram no filho um grande potencial.

D’Luccas concluiu o Curso Técnico em Eletromecânica integrado ao Ensino Médio da Unidade Plena São José de Ribamar e teve acompanhamento no Atendimento Educacional Especializado (A.E.E.) oferecido pela escola. A inclusão de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na educação básica e ingresso no ensino superior representa, além de uma prerrogativa legal, uma força transformadora na educação.

Para alcançar essa meta, ele passou por vários desafios causados pelo autismo, um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por déficit na comunicação social (socialização e comunicação verbal e não verbal) e comportamento (interesse restrito e movimentos repetitivos), entre outros. Algumas disciplinas apresentaram mais dificuldades, mas o acompanhamento no Atendimento Educacional Especializado (AEE) foi importante para que ele desenvolvesse habilidades intrínsecas e superasse obstáculos.

Para a professora da Sala de Recursos Multifuncionais da UP São José de Ribamar, Iolete Diniz, é muito gratificante essa conquista. “Ele é um exemplo de alguém que rompeu limites para concretizar o seu projeto de vida. Isso comprova que o estudante com autismo é capaz de aprender, num processo com ritmo próprio, construído ao longo da vida com perseverança, sensibilidade e comprometimento. Estou muito orgulhosa e feliz com esse mérito alcançado pelo Victor e por fazer parte do percurso dessa história. Isso faz acreditar que estamos no caminho certo e motivados a dar continuidade ao trabalho”, disse.

O IEMA é uma escola pública com Modelo Institucional que tem como um dos valores principais o da inclusão, fazendo valer o que consta em relação ao público específico da Educação Especial, de acordo com o Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. O IEMA oferece condições, acompanhamento e apoio para superarem seus próprios limites e dificuldades.

O passo de D’Lucca rumo à formação superior é resultado de um trabalho de equipe que começou no âmbito familiar e recebeu apoio dos professores, gestores e também da Diretoria de Ensino e Pesquisa (DIREN), por meio do diretor de Ensino e Pesquisa, professor Elinaldo Silva. Outra importante apoiadora é a professora Arlethe Ferreira na direção da Coordenação de Educação Especial/Inclusiva.

“A valorização das diferenças tem como principal objetivo assegurar o acesso, participação e aprendizagem a todos os estudantes, sem qualquer exceção, sendo um grande desafio que implica no trabalho em conjunto”, concluiu Iolete Diniz.

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