A medida que a vacinação avança no Brasil e em especial no Maranhão, diversos relatos de pessoas que desenvolveram algum tipo de reação têm movimentado as redes sociais, principalmente nos grupos de WhatsApp, atiçando as mais diversas teorias, principalmente dos que resistem à ideia da vacinação.
Pois bem, de acordo com especialistas em saúde pública, a vacina mexe com o sistema imunológico e isso pode trazer vários efeitos colaterais. No entanto, as chances de complicações são pequenas, e não afeta a eficácia dos imunizantes.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre as reações comuns da vacina de Oxford/Astrazeneca estão sensibilidade, dor, sensação de calor, coceira ou hematomas, cansaço, calafrios, dor de cabeça, enjoo, dores musculares e nas articulações, diarreia, e sintomas semelhantes aos de um resfriado, como dor de garganta, coriza e tosse. Os mesmos sintomas foram relatados em pessoas que foram imunizados com a vacina da Pfizer/BioNTech.
Já as reações da Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan, são dor no local da aplicação, cansaço, febre, dor no corpo, diarreia, náusea e dor de cabeça.
A infectologista Suzi Berbet explica que a vacina de Oxford costuma apresentar reações mais intensas por causa da forma que foi produzida.
“Na vacina de Oxford eles usam como vetor um vírus vivo, que estimula mais o sistema imunológico. É por isso que ela é uma vacina superior à vacina do Butantan. Por conta disso, ela vai induzir à resposta imunológica do nosso corpo”.
Segundo Anna Cláudia Castelo Branco, imunologista da Universidade de São Paulo (USP), esses eventos adversos podem, inclusive, significar algo bom: que a vacina está agindo. “Todos os medicamentos têm efeitos adversos. A vacina induz uma resposta imunológica que, dependendo da pessoa, pode gerar algum desconforto. Mas isso é esperado. Inclusive pode ser um indício de que o sistema imunológico está se preparando para te proteger”, explica.