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Mulher de promotor pode ter morrido em ritual macabro

Corpo de Lorenza de Pinho estava sem sangue. Marido foi indiciado pelo crime

Fonte: Júlia Portela

Lorenza de Pinho, 41 anos, pode ter sido assassinada em um ritual macabro, segundo fontes ligadas às investigações. A mulher foi morta no dia 2 de abril, em Belo Horizonte. O marido, o promotor André Luiz de Pinho, foi denunciado pelo Ministério Público como autor do crime.

Segundo a perícia do IML, o corpo quase não tinha sangue, mas não havia perfurações visíveis nas artérias. As informações são do G1.

O legista conseguiu extrair apenas 25 ml de sangue para realizar os exames toxicológicos e de dosagem de álcool. O normal seria encontrar cinco litros, em média, no corpo de uma mulher de peso normal, de acordo com o legista Marcelo Mares Castro.

A pedido do Ministério Público, a Polícia Civil de Minas investigou se o casal frequentava algum local onde eram praticadas atividades de cunho religioso.

No celular de André, a polícia encontrou dois contatos de curso de tanatopraxia, técnica usada para conservar corpos que envolve a retirada de sangue. No entanto, ele negou ter feito o curso. A defesa nega que ele tenha feito algum procedimento no corpo da esposa.

No dia anterior à morte, câmeras de segurança do prédio mostram André chegando em casa com duas garrafas de cachaça, compra não usual para o casal. No dia seguinte, às 6h17, o promotor aparece no corredor do prédio, falando ao telefone.

O médico Itamar Tadeu Gonçalves Cardoso, que já conhecia Lorenza, chega ao apartamento às 6h35 e fica até 7h30. Apenas às 14h, o corpo é levado pela funerária.

O Ministério Público não incluiu esse fato na denúncia para não perder o prazo de 30 dias. Além disso, o órgão afirmou que não considera que isso poderia mudar a acusação.

Entenda o caso
A Polícia Civil começou a investigar, no último dia 3, as circunstâncias da morte de Lorenza. Ela era casada com o promotor de Justiça André Luís Garcia de Pinho, do Ministério Público de Minas Gerais.

A morte ocorreu no dia 2 de abril, no apartamento do casal, que tinha cinco filhos. Ao longo dos últimos anos, a mulher e o marido receberam diversos ataques e ameaças. Eles já foram agredidos, tiveram o carro incendiado e também foram alvo de tiros.

Um boletim de ocorrência informa que o corpo chegou a ser levado para uma funerária da capital, mas, por determinação do delegado Alexandre Oliveira da Fonseca, foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal para apurar a causa da morte.

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